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Secretário-geral afirma que “sociedade civil é o oxigênio da democracia” BR

Ban ressalta participação da sociedade em dia internacional. Foto: ONU

Secretário-geral afirma que “sociedade civil é o oxigênio da democracia”

No Dia Internacional da Democracia, Ban Ki-moon lamenta que a liberdade de muitas pessoas esteja “diminuindo ou desaparecendo”; União Interparlamentar destaca fraca participação de mulheres e de indígenas em cargos políticos.

Leda Letra, da Rádio ONU em Nova York.

Para o secretário-geral das Nações Unidas, a sociedade civil é o “oxigênio da democracia” e seu papel nunca foi tão importante como atualmente.

A afirmação está na mensagem preparada por Ban Ki-moon sobre o Dia Internacional da Democracia, celebrado todos os anos em 15 de setembro.

Liberdade

Ban destaca que nas democracias mais “vibrantes e estáveis do mundo, governo e sociedade civil trabalham juntos”, com a população agindo como catalisadora para o progresso social e o crescimento econômico.

Mas ele lamenta que em muitos casos, a liberdade da sociedade civil esteja diminuindo ou desaparecendo. Ban fez referência a “um número alarmante de governos que adotaram regras para limitar a habilidade de ONGs trabalharem ou receberem financiamento”.

Contribuições

Por isso neste ano, as Nações Unidas estão pedindo mais espaço para a sociedade civil no Dia da Democracia. Ban Ki-moon acredita que uma “nação confiante fornece espaço para os seus cidadãos contribuírem com o desenvolvimento do país”.

Segundo a União Interparlamentar, UIP, a “democracia é um conceito baseado no direito de todo o indivíduo em estar representado na administração pública e nas decisões que afetam seu dia a dia”.

Jovens

A UIP lamenta a fraca representação feminina nos parlamentos do mundo: apenas 22% dos cargos são ocupados por mulheres. No caso dos jovens, o índice é ainda menor: somente 2% dos parlamentares têm menos de 30 anos.

A UIP também defende maior participação dos povos indígenas, já que entre os 45 mil parlamentares do mundo todo, mil são indígenas, apesar dos povos nativos formarem 5% da população global.