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ONU saúda progressos obtidos em várias frentes na Libéria

Conselho de Segurança da ONU. Foto: ONU/JC McIlwaine

ONU saúda progressos obtidos em várias frentes na Libéria

Informe do secretário-geral apela para redução de contingente militar da organização no país; sucessos incluem a redução do ébola e os avanços na área de segurança.

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.

As Nações Unidas assinalaram esta quinta-feira os progressos feitos "em várias frentes" na Libéria, mas alertaram que a ordem pública continua a ser uma fonte de preocupação.

O subsecretário-geral para as Operações de Paz, Hervé Ladsous, disse ao Conselho de Segurança  que este mês o contingente das tropas da Missão da ONU no país, Unmil,  será reduzido para 3.590 homens. Em 2015, mais de 1,2 mil soldados da organização foram retirados do país.

Segurança

O informe apresentado numa sessão do órgão recomenda novas reduções dos militares, da polícia e dos componentes civis da Unmil com a esperança de que a Libéria "assuma o controlo total da segurança até ao fim de junho de 2016".

Em abril, o órgão decidiu a retomada da saída progressiva das forças da operação de paz. A ação tinha sido suspensa durante a crise de ébola, quando foi determinado que a doença representava uma ameaça para a paz e estabilidade na Libéria.

Ébola

Em relação ao surto, o informe elogia aos liberianos por terem "aguentado o trauma com a resiliência, dignidade e profunda determinação para superação". No dia 3 de setembro, a Organização Mundial de Saúde anunciou pela segunda vez que o país estava livre do ébola.

Ladsous disse que não foram registados grandes incidentes de segurança desde que o secretário-geral entregou o seu informe sobre o país a cerca de um mês. Na altura, foram fricçoes periódicas entre a polícia e taxistas, na capital liberiana Monróvia.

Reformas

Sobre o que Ladsous chamou de "impulso importante sobre reformas políticas essenciais", o responsável deu exemplo do lançamento de um programa de desconcentração da  administração do governo.

A medida é considerada um primeiro passo essencial para descentralizar o Estado, agora "concentrado principalmente na capital". Ladsous disse que a meta é que as autoridades locais exerçam o poder junto aos cidadãos de todo o país.

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