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Conselho de Segurança debate situação no Sudão do Sul BR

Ellen Loej participa na reunião do Conselho de Segurança. Foto: ONU/Rick Bajornas

Conselho de Segurança debate situação no Sudão do Sul

Subsecretário-geral para Assistência Humanitária afirmou que condições estão piorando no país; Missão da ONU pede que “os interesses do povo sejam colocados acima de ambições pessoais”.

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova York.*

O Conselho de Segurança da ONU debateu esta terça-feira a situação no Sudão do Sul e o subsecretário-geral para Assistência Humanitária, Stephen O’Brien, afirmou que as condições na região estão piorando.

O’Brien disse que as instalações da Unmiss abrigam 200 mil pessoas que fugiram de suas casas, 79 mil a mais que em abril. Ele acrescentou que a insegurança alimentar grave afeta 4,6 milhões de sul-sudaneses este ano.

O país registrou um aumento de 200 mil deslocados devido ao conflito, o número total passa dos 2,2 milhões, sendo que 616 mil estão refugiados nos países vizinhos.

Mini-Conferência

A chefe da Missão da ONU no Sudão do Sul, Unmiss, Ellen Loej, disse aos membros do Conselho de Segurança que foi convocada para uma mini-conferência nesta quarta-feira, onde se espera que o governo do Sudão do Sul assine o acordo de compromisso de paz.

No informe, Loej, que também é a representante do secretário-geral no Sudão do Sul, não revela detalhes, mas disse que existem várias funções que devem exigir o apoio da operação de paz.

Pacto

Ellen Loej disse que o pacto inclui vários pontos importantes para a Unmiss e lembrou que são necessários recursos.

No dia 17 de agosto, o acordo foi assinado pelo líder rebelde Riek Machar e o grupo de antigos detidos, num processo mediado pela Autoridade Intergovernamental para o Desenvolvimento, Igad.

No evento realizado na capital etíope, Adis Abeba, o presidente do Sudão do Sul, Salva Kiir,  manifestou “algumas reservas” em relação ao documento.

Interesses

Loej reiterou o apelo aos líderes do Sudão do Sul para que "coloquem os interesses do povo acima de ambições pessoais" e para que "implementem o acordo de paz de boa-fé".

A chefe da Unmiss disse que será feito tudo o que for possível para apoiar a implementação, mas lembrou ao Conselho que apesar de ser muito importante, o acordo é apenas "um primeiro passo".

Ela lembrou que a paz, a estabilidade e a prosperidade não vão acontecer “numa noite” no Sudão do Sul. Segundo Loej, esse é um processo que exigirá um esforço concentrado e contínuo dos parceiros nacionais e internacionais.

*Apresentação: Edgard Júnior.