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Mali: ONU não vai hesitar em tomar medidas contra violação de acordo

Porto de controlo em Gao. Foto: Minusma.

Mali: ONU não vai hesitar em tomar medidas contra violação de acordo

Operação de paz investiga confrontos iniciados no sábado na área nortenha de Anefis, missão revela que comunidade internacional e população maliana estão preocupados com novos confrontos.

Eleutério Guevane da Rádio ONU em Nova Iorque.

A Missão das Nações Unidas no Mali, Minusma,  condenou vigorosamente os combates entre grupos armados na região de Kidal, que resultaram na quebra do cessar-fogo no país.

Em nota, emitida esta segunda-feira, a operação de paz deplora os atos "nos termos mais fortes". A operação de paz declarou que aguarda ainda as conclusões de uma equipa de investigação enviada para a área de Anefis.

Cessar-fogo

De acordo com a missão, o ato é uma flagrante violação dos acordos de cessar-fogo e do Acordo para a Paz e Reconciliação no Mali. Entre os signatários do pacto estão o Movimento Nacional de Libertação de Azawad, Mnla, e a Coligação Plataforma.

O reinício dos combates, no sábado, ocorreu em Touzek Oued a sudeste de Kidal.

Violações

Os outros confrontos foram registados entre Tabankort e Anefis, destaca o documento que sublinha haver preocupação tanto da comunidade internacional como da população com o "número crescente de tais violações".

Para a Minusma, esses atos podem dificultar os progressos alcançados para uma paz estável e duradoura no Mali.

Acordo

A missão lembrou às partes que deverão responder pelas suas ações perante o Conselho de Segurança. A 29 de junho, o órgão declarou que vai considerar sanções específicas contra os que obstruem ou ameacem a execução do Acordo de Paz.

Os grupos armados foram instados a cessar imediatamente os combates. A Minusma  adverte que "não vai hesitar em tomar todas as medidas necessárias" para proteger os civis, de acordo com o seu mandato e com as regras de combate.

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