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Conselho de Segurança quer rebeldes fora do prédio do governo no Mali

Conselho de Segurança quer rebeldes fora do prédio do governo no Mali

Edifício em Kidal, no norte do país, foi ocupado por grupos armados após confrontos com o exército; soldados de paz da ONU que foram ajudar  ficaram feridos assim como polícias; ataque no fim de semana matou oito incluindo seis funcionários públicos.

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.

O Conselho de Segurança pediu a retirada imediata e incondicional de grupos armados do edifício governamental da cidade maliana de Kidal.

O órgão emitiu um comunicado a exigir que estes retornem às suas posições anteriores, no âmbito do processo de acantonamento no país da África Ocidental.

Tensões e Provocações

Antes, o chefe da Missão da ONU no Mali, Minusma, pediu medidas imediatas para que sejam acalmadas e evitadas mais tensões e provocações entre as partes.

Discursando no Conselho, Albert Koenders referiu que deve-se impedir que a região retorne à crise. No último fim de semana, a cidade do norte do país foi palco de manifestações antes da visita à região do primeiro-ministro Moussa Maraand.

Soldados da Paz

Após os tumultos, ocorreram confrontos entre tropas e rebeldes que depois cercaram os escritórios do governo local. Os eventos resultaram no ferimento de dois soldados da paz e 21 polícias da Minusma. A missão ajudou na libertação de 32 pessoas que tinham sido capturadas.

Koenders apontou para a morte de oito civis, incluindo membros das autoridades locais e pessoal administrativo “executados sumariamente.” Entre as vítimas estavam seis funcionários do governo.

Reféns

A nota do Conselho de Segurança condena veementemente o que chama de “apreensão inaceitável pela força de edifícios administrativos”, que inclui o das autoridades.

O órgão também deplora a tomada de reféns pelos grupos armados nomeadamente o Mnla, bem como os ataques contra a Minusma.