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Revolução no processamento de dados para ajudar o desenvolvimento BR

Foto: ITU

Revolução no processamento de dados para ajudar o desenvolvimento

Questão foi debatida em evento paralelo à 3ª Conferência Internacional sobre Financiamento para o Desenvolvimento; participantes disseram que novas tecnologias podem ajudar numa mudança positiva nos países em desenvolvimento.

Edgard Júnior, da Rádio ONU em Nova York.*

Um debate sobre revolução tecnológica preparado pela ONG “One Campaign” em Adis-Abeba, na Etiópia, avaliou a ajuda que o processamento de dados pode dar para se alcançar o desenvolvimento sustentável.

O evento paralelo à 3ª Conferência Internacional sobre Financiamento para o Desenvolvimento, reuniu representantes de organizações da sociedade civil e de outros setores públicos e privados.

Mudanças Positivas

Os participantes disseram que “a revolução tecnológica criada por uma explosão nos recursos de fornecimento de dados, através de ferramentas de baixo custo, podem ajudar a levar mudanças positivas para comunidades em países em desenvolvimento”.

Ao mesmo tempo, ela pode também fomentar um desenvolvimento sustentável.

Segundo o evento, isso pode ser alcançado por meio de parcerias globais entre a ONU, governos, cientistas e o setor privado.

Os participantes disseram que áreas como a de certidões de nascimento, coleta de dados de indicadores de pobreza e monitoramento de políticas podem ser muito beneficiadas por essa revolução tecnológica.

Desafio

O conselheiro especial do secretário-geral sobre planejamento para o desenvolvimento pós 2015, Angel Gurria, disse que o desafio é assegurar que os dados sejam disponibilizados para as comunidades mais necessitadas, sem deixar ninguém para trás.

Gurria disse que existem duas formas de se lidar com com os dados, que podem ser de “políticas baseadas em evidências” e de “evidências baseadas em políticas”.

O conselheiro especial afirmou que os especialistas preferem “evidências baseadas em política” porque, segundo ele, é necessário criar políticas ao redor da realidade.

Gurria afirmou que se uma política for adotada em certa direção, será necessário um constante monitoramento para ver se ela está seguindo no caminho correto. Caso contrário, ele explicou que vai ser preciso fazer os ajustes necessários.

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 *Apresentação: Laura Gelbert.