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Enviado da ONU fará pronunciamento no Conselho de Segurança sobre Iêmen BR

Ismail Ould Cheikh Ahmed. Foto: ONU.

Enviado da ONU fará pronunciamento no Conselho de Segurança sobre Iêmen

Objetivo é informar países-membros sobre situação no país árabe; Ismail Ould Cheikh Ahmed quer um cessar-fogo na região.

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova York.*

O enviado especial do secretário-geral para o Iêmen, Ismail Ould Cheikh Ahmed, disse que uma pausa humanitária e um cessar-fogo devem fazer parte das medidas de confiança antes de quaisquer futuras consultas no país.

Falando a jornalistas, esta sexta-feira em Genebra, Ould Cheikh Ahmed disse que o fim dos combates não deve esperar por qualquer futura rodada de negociações.

Esperanças

As declarações foram feitas depois de cinco dias de consultas com as partes envolvidas no conflito iemenita. Segundo o enviado da ONU, “há esperança de um cessar-fogo ou mesmo uma pausa até as próximas conversações”.

Ould Cheikh Ahmed viaja agora para Nova York onde vai apresentar um informe aos membros do Conselho de Segurança que estão "unidos para apoiar os esforços".

Ele vai falar sobre as "consultas preliminares e os próximos passos" do processo. Depois disso, o representante da ONU vai visitar a região.

O enviado reiterou a posição do secretário-geral sobre a importância de se alcançar uma trégua humanitária, especialmente durante o mês do Ramadã. Ele prometeu redobrar os esforços durante os próximos dias.

Apelo

As agências humanitárias lançaram um apelo de  US$ 1,6 bilhão para responder ao que é considerada uma "iminente catástrofe humanitária" no Iêmen. Com o dinheiro, será possível ajudar 12 milhões de iemenitas em situação vulnerável.

O subsecretário-geral para Assistência Humanitária, Stephen O'Brien, disse que em todo o país as pessoas lutam para alimentar as famílias e que os serviços básicos estão em colapso.

De acordo com a ONU, mais de 21 milhões de iemenitas, ou 80% da população, precisam de assistência num cenário marcado pelo aumento da fome.

Durante os últimos três meses os ataques aéreos e terrestres mataram ou feriram milhares de pessoas. Mais de 1 milhão de iemenitas fugiram de suas casas para áreas mais seguras.

*Apresentação: Edgard Júnior.

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