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Enviado ao Iêmen diz que consultas são passo para melhorar situação no país BR

Ban Ki-moon esteve com Ismail Ahmed em Genebra em 15 de junho. Foto: ONU/Jean Marc-Ferré

Enviado ao Iêmen diz que consultas são passo para melhorar situação no país

Em Genebra, Ismail Cheikh Ahmed declarou que ter governo e oposição na capital suíça é “grande conquista”; segundo ele, iemenitas e comunidade internacional acreditam que consultas são caminho pacífico para fim do conflito.

Leda Letra, da Rádio ONU em Nova York. 

O enviado especial das Nações Unidas para o Iêmen declarou na noite de terça-feira ser “uma grande conquista” ter delegações do governo e dos rebeldes houthis em Genebra. É na capital suíça que ocorrem as consultas sobre a situação no país árabe, que está em conflito desde março.

Segundo o enviado da ONU, Ismail Cheikh Ahmed, é preciso ser “realista”, uma vez que as consultas serão um “caminho difícil”. Em comunicado, o representante da ONU disse ser importante começar a tratar de todas as dimensões da crise com determinação.

Diálogo

Ahmed acredita que os iemenitas e a comunidade internacional olham para as consultas de Genebra como uma “maneira pacífica” de se acabar com o conflito no país.

Ele explicou também que o diálogo é o primeiro passo para gerar propostas aos lados envolvidos na crise sobre como melhorar a situação atual do Iêmen. Ahmed explicou que as delegações iemenitas precisam conversar entre elas e não somente com as Nações Unidas.

Crise Humanitária

Ismail Cheikh Ahmed espera que os representantes utilizem as consultas para compartilhar ideias, em especial sobre como aliviar o sofrimento humano e diminuir a violência.

Segundo ele, 21 milhões de civis precisam de ajuda, sendo que 20 milhões não têm água para beber.

Já no Conselho de Direitos Humanos, também em Genebra, o ministro iemenita dos Direitos Humanos informou nesta quarta-feira que as residências de alguns negociadores que estão na capital suíça teriam sido atacadas durante a noite.

Para Ezzedin al-Asbahi, o “Iêmen está sujeito a um terror que tem como objetivo abolir a democracia”. Ele declarou que sua própria filha não consegue frequentar a escola, uma vez que milícias estão controlando o edifício.