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Enviado da ONU condena ataque de forças da oposição em Alepo, Síria BR

A cidade de Aleppo, na Síria. Foto: Unesco/Silvan Rehfeld

Enviado da ONU condena ataque de forças da oposição em Alepo, Síria

Staffan de Mistura criticou ação perto de mesquita que matou cinco pessoas e deixou pelo menos 70 feridas; Acnur alerta que mais de 23 mil sírios fugiram do país para a Turquia neste mês por causa da violência.

Edgard Júnior, da Rádio ONU em Nova York.

O enviado especial da ONU para a Síria, Staffan de Mistura, condenou esta terça-feira o ataque realizado por forças da oposição perto da mesquita de Rahman, em Alepo.

A ação matou cinco pessoas e deixou, pelo menos, 70 feridas, incluindo várias crianças.

Bombas-Barril

De Mistura afirmou que o ataque das forças da oposição não justifica qualquer tipo de retaliação à operação militar do governo com bombas-barril em áreas de população civil.

O enviado especial da ONU está em Damasco, a capital do país, discutindo com autoridades do governo a questão da proteção de civis e a necessidade urgente de suspender o uso de bombas-barril.

Enquanto isso, o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados, Acnur, alertou que, em junho, mais de 23 mil sírios fugiram para a Turquia por causa de novos conflitos no norte do país.

Segundo as autoridades turcas na província de Sanliurfa, aproximadamente 70% do grupo é formado por mulheres e crianças.

Desde o início do mês, a Turquia liberou a entrada de refugiados em diversos pontos da fronteira entre Sanliurfa e a província de Raqqa, na Síria.

Iraquianos

Os sírios representam a maioria das pessoas que estão chegando ao país, mas o Acnur informou que mais de 2 mil refugiados iraquianos também entraram no território turco.

Segundo a agência da ONU, os refugiados estão exaustos e alguns tiveram de andar por vários dias para chegar à região.

O Programa Mundial de Alimentos, PMA, também está fornecendo ajuda para os refugiados sírios e iraquianos na Turquia.

Segundo o PMA, o índice de refugiados sírios em situação de insegurança alimentar aumentou de 48% no ano passado para 86% em 2015.

Para cobrir as operações de assistência pelos próximos três meses, entre junho e agosto, a agência necessita urgentemente de US$ 125 milhões, o equivalente a R$ 389 milhões.