Enviado à Líbia pede a representantes que apoiem diálogo político
Bernardino León falou ao Conselho de Segurança e afirmou que uma transição pacífica só terá sucesso com o apoio de um futuro Governo Nacional; segundo representante da ONU, situação no país apenas piora.
Edgard Júnior, da Rádio ONU em Nova Iorque.*
Uma transição pacífica na Líbia só será possível com esforços coordenados em apoio ao futuro Governo Nacional de Acordo. Essa é a avaliação do representante especial do secretário-geral no país.
Bernardino León falou esta quarta-feira ao Conselho de Segurança e destacou a importância de garantir a segurança na Líbia, para que os serviços de administração pública possam ser retomados.
Destruição
O representante também disse que a situação no país está a piorar devido à divisão política e à violência. Segundo León, os líbios continuam a morrer e muita destruição já ocorreu.
Na avaliação dele, o Governo Nacional de Acordo pode ser o “único interlocutor durante a crescente ameaça do Daesh”, como também é conhecido o Estado Islâmico do Iraque e do Levante, Isil.
Apoio
No Conselho, León reforçou o apoio da ONU em garantir a liderança nacional no processo de transição e destacou que a comunidade internacional deve estar pronta para oferecer à Líbia todo o apoio necessário.
O representante declarou que a falta de autoridade no país está a ser explorada por organizações de tráfico humano, refugiados e migrantes, uma vez que muitos utilizam a Líbia como ponto de partida para travessias no Mar Mediterrâneo, na tentativa de chegar à Europa.
Acordo
Bernardino León destacou ao Conselho de Segurança que vários líderes líbios iniciaram, em 11 de julho, um acordo político, após conversas facilitadas pela ONU que ocorreram no Marrocos.
O representante explicou que o acto sinalizou futuras conversas e colocou a Líbia mais perto de acabar com o conflito iniciado há quatro anos.
*Apresentação: Denise Costa.