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FAO: energia geotérmica pode contribuir para a segurança alimentar BR

Segundo a FAO, o fluxo de energia calórica gerada no centro da terra pode ser utilizado para uma produção mais eficiente de alimentos. Foto: ONU/Eskinder Debebe

FAO: energia geotérmica pode contribuir para a segurança alimentar

O calor gerado pelo centro da terra pode ser utilizado na produção sustentável de alimentos; medida pode beneficiar especialmente países em desenvolvimento.

Leda Letra, da Rádio ONU em Nova York.

Um estudo divulgado pela agência da ONU para Agricultura e Alimentação, FAO, destaca que o fluxo de energia calórica gerada no centro da terra pode ser utilizado para uma produção mais eficiente de alimentos.

Segundo a FAO, a energia geotérmica pode ajudar principalmente os países em desenvolvimento. Nessas nações até metade de todos os alimentos produzidos se perde na etapa pós-colheita, devido à falta de energia acessível para o processamento.

Leite

A energia geotérmica pode ser utilizada na fase de secagem dos alimentos, na pasteurização e na esterelização do leite, por exemplo. A FAO explica que com maior processamento dos alimentos, as nações em desenvolvimento podem aumentar a segurança alimentar.

A secagem pode prolongar a vida útil de alimentos como peixes e hortaliças e contribuir para que estejam disponíveis por todo o ano, inclusive em épocas de seca.

Segundo a FAO, a energia geotérmica é também fonte importante para aquecer estufas, o solo, e a água. A agência da ONU destaca ser um tipo de energia renovável, limpa e de baixo custo.

Países Favoráveis

Países do chamado “Anel de Fogo”, na costa do Pacífico, como Indonésia, Filipinas e México, estão em localizações favoráveis, assim como a Etiópia, na África, e a Romênia, no leste europeu.

No mundo, 38 países utilizam a energia geotérmica na produção agrícola e 24 nações investem neste tipo de energia para produzir eletricidade, como Islândia e Costa Rica.

A investigação da FAO sugere que o uso da energia geotérmica nas estufas diminui a infecção de cogumelos, por exemplo, e reduz os custos dos combustíveis em cerca de 80%.

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