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República Centro-Africana tem primeiro programa de cupões alimentares

Foto: PMA/Donaig Le Du

República Centro-Africana tem primeiro programa de cupões alimentares

Iniciativa do Programa Mundial de Alimentação beneficiará mais de 100 mil pessoas afetadas pelo conflito; civis podem escolher onde comprar comida, o que, segundo o PMA, lhes dá sensação de “normalidade”.

Leda Letra, da Rádio ONU em Nova Iorque.

O Programa Mundial de Alimentação, PMA, começou a distribuir cupões alimentares na República Centro-Africana pela primeira vez. Serão beneficiadas mais de 100 mil pessoas afetadas pelo conflito e desta maneira, os civis poderão escolher onde comprar alimentos, o que, na avaliação do PMA, lhes dá uma sensação de “normalidade”.

Graças a contribuições do Fundo de Resposta de Emergência da ONU e do Reino da Arábia Saudita, o PMA iniciou a entrega dos cupões na vila de Yaloké, vilarejo a oeste do país.

Complemento

Uma moradora declarou ao PMA que a maior parte do gado foi saqueada durante a crise e Yaya Abiba disse que com a iniciativa, vai comprar leite para as crianças e escolher outras comidas que gosta.

Cada cupão tem o valor de US$ 10 e será um complemento à distribuição de arroz, sementes e óleo que já são entregues pela agência da ONU. Nos próximos seis meses, o programa será implementado na capital Bangui e outras áreas da República Centro-Africana, onde os mercados continuam abertos, apesar da insegurança.

Economia

O PMA fala que os reflexos nas plantações são imensos e a época fraca chegou cedo em várias áreas, em janeiro, quando os estoques das colheiras anteriores começaram a baixar.

O representante da agência na República Centro-Africana afirmou que os cupões ajudam as pessoas a escolher alimentos que gostem e começa num momento crucial, antes da fase de colheitas fracas. Mustapha Darboe destacou que US$ 2,5 milhões serão injetados na economia local e os cupões vão ajudar a reduzir os custos de transportes e de armazenamento de comida.

Ao longo do ano, o PMA planeia assistir mais de 1,2 milhão de pessoas afetadas pelo conflito no país.