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PMA aumenta ações na República Centro-Africana

Criança em centro de tratamento contra desnutrição em hospital pediátrico em Bangui, capital da República Centro-Africana. Foto: Unicef/Pierre Terdjman

PMA aumenta ações na República Centro-Africana

Agência das Nações Unidas amplia compra de alimentos locais para impulsionar economia e meios de subsistência; ação também beneficia crianças em escolas.

Laura Gelbert, da Rádio ONU em Nova Iorque.

O Programa Mundial de Alimentação, PMA, está a expandir sua atividade Compra para o Progresso, em tradução livre, na República Centro-Africana.

Através desta iniciativa, financiada pelos Estados Unidos, a Alemanha e o Japão, a agência da ONU pretende apoiar 12 mil pequenos agricultores a comprar mais de 400 toneladas de alimentos para seus programas de refeições escolares nos próximos meses.

Escolas

Segundo o representante do PMA no país a atividade beneficia tanto agricultores como crianças nas escolas.

Bienvenu Djossa afirmou que a iniciativa fornece oportunidades de mercado aos pequenos produtores, a “melhorar seus meios de subsistência e impulsionar a economia local”.

Ao mesmo tempo, a comida comprada através do programa servirá como refeição escolar para 80 mil crianças, “a encorajar pais e enviarem seus filhos à escola”.

Passo Importante

Para o representante, trata-se de passos “pequenos, mas importantes” num contexto onde “a crise prejudicou a subsistência das pessoas e teve um impacto arrasador na agricultura e economia do país”.

Uma compra inicial de feijão vermelho em Bouar, na província de Nana-Mambere, já beneficia cerca de 3,5 mil pequenos agricultores e 20 mil estudantes.

A área é uma tradicional região agrícola no noroeste do país que foi fortemente afetada pelo conflito. O PMA planeia alargar a iniciativa para outras províncias da República Centro-Africana.

Deslocados

Cerca de 900 mil pessoas ainda estão deslocadas dentro do país ou buscando refúgio em nações vizinhas desde a eclosão do conflito em 2013.

Estimativas são de que atualmente 1,8 milhão de pessoas precisem de assistência humanitária com alimentos na República Centro-Africana, que já era uma das nações mais pobres do mundo, mesmo antes do conflito.

Em média, o PMA e seus parceiros fornecem comida e apoio nutricional a cerca de 500 mil pessoas por mês.

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