Acnur quer que União Europeia apoie Itália na proteção a migrantes
Na segunda-feira, 29 passageiros da África Subsaariana morreram de frio perto de Lampedusa quando tentavam entrar no país europeu; no ano passado, 218 mil pessoas cruzaram o Mediterrâneo em embarcações e rotas irregulares.
Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York.
O Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados, Acnur, emitiu um comunicado pedindo mais proteção para migrantes que tentam entrar na Europa de forma irregular. O Acnur quer que a União Europeia apoie a Itália na resposta aos migrantes que chegam ao continente.
Na segunda-feira, 29 pessoas da África Subsaariana morreram de frio perto da Ilha de Lampedusa, quanto tentavam chegar à Itália.
Travessias
Segundo o Acnur, mais de 218 mil pessoas realizaram trajetos semelhantes no ano passado, e cerca de 3,5 mil perderam a vida na tentativa.
O porta-voz do Acnur, Adrian Edwards, disse que a agência está “profundamente preocupada” com a forma da morte por hipotermia. Mas Edwards também elogiou o resgate da Guarda Costeira italiana, que ajudou a salvar 106 migrantes da morte.
O número dos casos criminosos no transporte de migrantes também subiu este ano se comparado ao mesmo período do ano passado. Somente em janeiro, foram 3.528 chegadas à Itália contra 2.171 em 2014. Já o número de mortos é quatro vezes maior que o registrado no ano anterior. Foram 50 até agora.
Asilo
Ainda em janeiro, os sírios foram o maior grupo de migrantes tentando entrar na Europa.
Num outro comunicado, a Organização Internacional para Migrações, parceira das Nações Unidas, informou que o fluxo de migrantes e requerentes de asilo deve continuar subindo por causa de condições geopolíticas e de guerras em várias partes do mundo.
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