Conselho de Segurança condena assassinato de civil japonês pelo Isil

Para órgão, ação de militantes do grupo foi “abominável e covarde”, após divulgação de vídeo onde Isil declara ter matado Haruna Yukawa; Conselho de Segurança pede libertação imediata de Kenji Goto, também capturado pelos extremistas.

Leda Letra, da Rádio ONU em Nova York.

O Conselho de Segurança deplorou o “aparente assassinato” do civil japonês Haruna Yukawa, que havia sido capturado pelo Estado Islâmico do Iraque e do Levante, Isil.

O grupo divulgou um vídeo com uma imagem de Yukawa, aparentemente morto. Os militantes haviam pedido ao governo do Japão um resgate de US$ 200 milhões para que Yukawa e outro civil, Kenji Goto, fossem libertados.

Covardia

No domingo, o Conselho de Segurança divulgou uma nota classificando a ação de “abominável e covarde” e pedindo a libertação imediata de Goto. Para o órgão, o assassinato é um “trágico lembrete dos perigos enfrentados diariamente por pessoas” na Síria e no Iraque, além de demonstrar a “brutalidade do Isil”.

O comunicado do Conselho ressalta a necessidade de levar à justiça os responsáveis “por atos repreensíveis de terrorismo” e envia condolências aos familiares da vítima e ao governo japonês.

Proteção

O órgão também enfatiza que não está intimidado pelos “contínuos atos de barbárie” realizados pelo Isil, mas que as ações apenas reforçam a necessidade de haver mais esforços conjuntos entre governos e instituições, para conter o Isil e outros grupos associados à Al-Qaeda.

É exigida também a libertação imediata de todos as pessoas que estão reféns do Isil, da Frente Al-Nusra e da Al-Qaeda. O Conselho de Segurança lembra que jornalistas e profissionais da mídia trabalhando em áreas de conflito armado são considerados civis e precisam ser respeitados e protegidos como tal.