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Ocha faz apelo de US$ 16,4 bi para ajudar 57 milhões de pessoas em 2015 BR

Valerie Amos. Foto: ONU/Jean-Marc Ferré

Ocha faz apelo de US$ 16,4 bi para ajudar 57 milhões de pessoas em 2015

Chefe humanitária da ONU afirmou que 80% dos que precisam de assistência vivem em países em conflito; Valerie Amos disse que as crises na Síria, no Iraque, na República Centro-Africana, e no Sudão do Sul vão continuar sendo as prioridades no ano que vem.

Edgard Júnior, da Rádio ONU em Nova York.

O escritório das Nações Unidas de Assistência Humanitária, Ocha, fez um apelo esta segunda-feira de US$ 16,4 bilhões, o equivalente a R$ 42,6 bilhões, para ajudar pelo menos 57 milhões de pessoas mais necessitadas em 2015.

A chefe da agência da ONU, Valerie Amos, afirmou que “mais de 80% dos que vão receber a ajuda estão em países em conflito onde a brutalidade e a violência tiveram impactos arrasadores em suas vidas”.

Aumento

Ela explicou que em 2014 houve um aumento muito grande do número de pessoas afetadas por conflitos e milhões foram forçados a fugir e a depender da ajuda humanitária para sobreviver.

Amos declarou que as crises na Síria, no Iraque, na República Centro-Africana e no Sudão do Sul vão continuar sendo prioridades do Ocha no ano que vem. Combinadas com o impacto em suas regiões, essas crises vão absorver mais de 70% do dinheiro do apelo desta segunda-feira.

A chefe humanitária da ONU disse ainda que outras crises também estão incluídas nesta iniciativa, como as do Afeganistão, República Democrática do Congo, Mianmar, os territórios ocupados da Palestina, Somália, Sudão, Ucrânia e Iêmen.

Mais Apoio

O alto comissário da ONU para Refugiados, António Guterres, afirmou que “as necessidades atuais atingiram níveis sem precedentes e sem mais apoio internacional não há como responder às situações humanitárias”.

Em fevereiro, o Ocha vai lançar o plano de resposta estratégica para a região do Sahel, no oeste da África e para Dijibouti. Isso vai aumentar o número de pessoas que vão receber ajuda e também o valor do apelo financeiro para 2015.