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Unmiss: conflito do Sudão do Sul está a "esgotar paciência" internacional

Ellen Loej. Foto: Unmiss

Unmiss: conflito do Sudão do Sul está a "esgotar paciência" internacional

No balanço de um ano desde o início da violência, chefe da missão pede às partes que entrem em acordo o mais breve possível; mais de 100 mil pessoas continuam em acampamentos das Nações Unidas no país.

Eleutério Guevane, da Rádio ONU de Nova Iorque.*

A chefe da Missão das Nações Unidas no Sudão do Sul, Unmiss, disse que a paciência da comunidade internacional com o conflito no país está a esgotar-se.

Aos líderes do governo e dos rebeldes, Ellen Loej pediu que injetem um novo sentido de paz global o mais rapidamente possível.

Deslocados

A representante falava a jornalistas, esta quinta-feira, na capital sul-sudanesa, Juba, ao fazer um balanço de um ano do conflito. Mais de 100 mil pessoas continuam abrigadas nas instalações da ONU em todo o país.

Loej salientou que era possível evitar o sofrimento diário das populações devido ao conflito. Ela considerou que a história das operações de paz em 2014 fica marcada pela abertura das bases aos civis, ameaçados de violência física. Ela disse acreditar que muitas vidas foram salvas pela ação da Unmiss.

A chefe da missão lembrou que os locais de proteção de civis eram uma solução temporária, tendo reafirmado que não é suposto transformar os locais em assentamentos permanentes.

Acampamentos

O apelo é para que haja mais promoção de um ambiente seguro e protegido fora dos acampamentos das Nações Unidas no Sudão do Sul.

Durante o período, Loej disse que foi evitada a fome no país. Entretanto, afirmou que a situação humanitária continua dramática. Cerca de 1,5 milhão de pessoas enfrentam insegurança alimentar crítica. O número pode subir para 2,5 milhões nas próximas semanas.

*Apresentação: Denise Costa.