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Preços dos alimentos estáveis pelo terceiro mês consecutivo, diz FAO

Foto: Banco Mundial

Preços dos alimentos estáveis pelo terceiro mês consecutivo, diz FAO

Declínio também reflete regresso das chuvas no Brasil, o maior produtor e exportador mundial de açúcar; laticínios baixaram 3,4% em relação a outubro deste ano.

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.

O índice de preços dos alimentos permaneceu estável em novembro pelo terceiro mês consecutivo, anunciou esta quinta-feira a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, FAO.

O indicador internacional dos custos alimentares aponta para um aumento dos custos dos óleos vegetais e de cereais, que entretanto foi neutralizado pelas quedas acentuadas ocorridas em relação ao açúcar e aos laticínios.

Registos

Em novembro, registou-se uma média de 192,6 pontos contrariamente aos 192,7 do índice de outubro. O valor corresponde a uma queda de 13 pontos, ou 6,4%, em relação ao que foi registado no mesmo período do ano passado.

A FAO realça que o declínio refletiu um retorno das chuvas no Brasil. O facto reduziu as preocupações sobre o potencial efeito de uma seca prolongada no maior produtor e exportador mundial de açúcar.

Em relação a outubro, o produto teve uma queda de 3,2%, e os preços internacionais do açúcar permaneceram cerca de 8% abaixo do nível de novembro de 2013.

Carne

Os preços da carne mostraram-se estáveis em relação a outubro. Mas os sucessivos aumentos de preços, registados na grande parte dos tipos de carne, fez subir o subíndice do produto em 13,3% em relação ao mesmo período do ano passado.

Os custos do trigo aumentaram devido às condições de crescimento nos países do hemisfério norte, que foram consideradas aquém das ideais.

Procura

Quanto às oleaginosas, a FAO menciona que o aumento do mês passado foi impulsionado principalmente pela melhoria nos preços do óleo de palma, após uma desaceleração da produção na Malásia e na Indonésia. O outro motivo é a procura constante verificada nos importadores globais.

Os preços dos laticínios baixaram 3,4% em relação a outubro e 29% num ano. Entre as razões estão a maior disponibilidade na exportação dos produtos do grupo e a redução das importações pelos grandes mercados, especialmente a China e a Rússia.