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Terrorismo e violência fizeram cerca de 1,2 mil mortos em novembro no Iraque

Milhares fogem por causa da violência. Foto: Acnur/Inge Colijn

Terrorismo e violência fizeram cerca de 1,2 mil mortos em novembro no Iraque

Dados apresentados correspondem ao mínimo absoluto; chefe da missão da ONU realça que cidadãos do país continuam submetidos a horrores indescritíveis de morte, de mutilações e do reinado de terror.

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.

Atos de terrorismo e de violência em novembro passado causaram a morte de 1232 pessoas e feriram outras 2434 no Iraque. A informação foi dada esta segunda-feira pela Missão da ONU no país, Unami.

A operação de paz registou 936 mortos civis  e 1826 feridos, que incluem elementos da Polícia Civil.

Milícias

Em relação às forças de segurança, incluindo as milícias curdas Peshmerga e as forças Swat que combatem ao lado do Exército iraquiano, os dados apontam para mais de 296 mortos e 608 feridos. Os números não incluem as vítimas de operações realizadas na província de Anbar.

A Unami destaca que somente pôde verificar parcialmente certos incidentes, e que não possível confirmar relatos de vítimas e de "um número desconhecido de mortos" devido aos efeitos secundários da violência após a fuga das pessoas das suas casas.

Entre os fatores que levaram ao abandono das áreas estão a exposição aos combatentes aliada à falta de  alimentos, água, medicamentos e cuidados de saúde. Tais motivos fazem com que a Unami considere os dados apresentados como o mínimo absoluto.

Horrores

O chefe da operação de paz, Nickolay Mladenov, refere que desde o início deste ano o número de mortos aproxima-se dos 12 mil.

Conforme declarou, os iraquianos continuam a ser diariamente submetidos aos horrores indescritíveis de morte, mutilações, reinado de terror, deslocamento, formas extremas de intolerância e pobreza.

Aos líderes políticos, religiosos e sociais do Iraque, o responsável pediu uma ação decisiva para superar as suas diferenças para resolver os problemas pendentes. O outro objetivo é restaurar a confiança entre as comunidades, mais particularmente os grupos descontentes, como parte da consolidação do processo democrático no Iraque.

A capital Bagdad é considerada a área mais afetadas com 1253 baixas civis, nomeadamente 332 mortos e 921 feridos. As autoridades de saúde de Anbar apontaram para 1026 baixas, sendo que 402 mortos e 624 feridos.