Um ano após tufão, Filipinas segue precisando de ajuda para reconstrução
Pelo menos 6,3 mil morreram com o desastre natural e 4,1 milhões perderam suas casas; deste total, 20 mil ainda vivem em abrigos; Haiyan destruiu 600 centros de saúde, mas apenas metade foi reparada.
Leda Letra, da Rádio ONU em Nova York.
Neste 8 de novembro, as Filipinas marcam um ano da passagem do tufão Hayan, que atingiu várias regiões do país. Segundo dados da ONU, pelo menos 6,3 mil pessoas morreram com o desastre natural e 4,1 milhões ficaram desabrigadas.
Esta sexta-feira, em Genebra, várias agências humanitárias fizeram um balanço sobre a situação dos filipinos um ano depois. O porta-voz da Agência da ONU para Refugiados, informou que 20 mil pessoas ainda estão vivendo em abrigos.
Documentação
Adrian Edwards destacou que com o governo filipino, o Acnur conseguiu ajudar mais de 700 mil pessoas, fornecendo cobertores, kits de higiene e lanternas. Foram emitidos cerca de 80 mil documentos, como certidões de nascimento e de casamento e atestados de óbito.
Já a Organização Mundial da Saúde, OMS, destacou que o período tem sido difícil. Dos 600 centros de saúde destruídos pelo tufão, apenas metade foi reparada ou está em processo de reforma.
Resiliência
A coordenadora humanitária da ONU nas Filipinas disse que sua equipe forneceu comida a 3,7 milhões de pessoas e ajudou 1 milhão com sistemas de acesso à água.
A brasileira Luiza Carvalho destacou ainda a criação de 4,9 mil espaços temporários de aprendizagem, para que as crianças pudessem ter aulas. Segundo a coordenadora, as agências humanitárias ficaram impressionadas com a resiliência do povo filipino, que apesar da tragédia, agiu de forma coletiva.