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ONU a tomar medidas para reforçar proteção de funcionários no Mali

Capacete azul em Kidal, Mali. Foto: Minusma/Marco Dormino

ONU a tomar medidas para reforçar proteção de funcionários no Mali

Anúncio foi feito ao Conselho de Segurança pelo subsecretário-geral para Operações de Manutenção da Paz; Hervé Ladsous disse que o número de vítimas em ataques contra a Minusma é um dos maiores.

Leda Letra, da Rádio ONU em Nova Iorque.*

O Conselho de Segurança ouviu esta quarta-feira o subsecretário-geral da ONU para Operações de Manutenção da Paz. Hervé Ladsous, que está em Bamako, no Mali, participou do encontro por videoconferência.

O representante expressou preocupação com a segurança no país, após um novo ataque, ocorrido na noite de segunda-feira, contra a Missão Integrada da ONU de Estabilização no Mali, Minusma.

Mortos

Um capacete azul morreu e outro ficou ferido na ação. Ladsous disse que os ataques contra a missão “têm crescido substancialmente” devido à redução das tropas francesas no terreno.

O subsecretário-geral citou ainda o “quase desaparecimento” das forças armadas malianas ao norte do país. Segundo ele, o total de capacetes azuis mortos em ações contra a Minusma, 31 pessoas, é um dos maiores já vistos em operações de paz.

Alvo

Ao Conselho de Segurança, Hervé Ladsous disse que a Minusma é a principal presença estrangeira no Mali, o que torna a missão alvo de “terroristas, jihadistas e traficantes” que procuram controlo absoluto do terreno.

Por isso, a ONU já está a trabalhar numa série de medidas para reforçar a protecção dos seus funcionários no Mali, em especial nas bases da Minusma. Ladsous destacou que essas pessoas são alvo de ameaças, bombardeamentos, ataques suicidas e emboscadas.

Ao falar ao Conselho, o subsecretário-geral expressou “frustração” com os poucos progressos para as negociações de paz e afirmou que tanto o governo quanto os grupos armados precisam dobrar esforços para um compromisso baseado na confiança mútua.

*Apresentação: Denise Costa.