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ONU quer mais investimento para segurança na missão de paz no Mali

Soldado da Minusma. Foto: Minusma/Harandane Dicko

ONU quer mais investimento para segurança na missão de paz no Mali

Chefe das operações de paz quer maior preparação para travar ataques com minas, dispositivos explosivos improvisados e foguetes; em Bamako, representante destaca “evolução positiva” ocorrida desde fevereiro.

Eleutério Guevane, da ONU News em Nova Iorque.

O subsecretário-geral da ONU para Operações de Paz disse este domingo que as capacidades da Missão da ONU no Mali, Minusma, precisam ser reforçadas.

Hervé Lasous reconheceu tratar-se de “uma das mais perigosas e delicadas” missões do mundo, para a qual a comunidade internacional “deve investir com recursos”.

Investimentos

Falando em Bamako, Ladsous destacou que é preciso mais preparação para lidar com riscos como minas, dispositivos explosivos improvisados e ataques de foguetes, por serem engenhos que não envolvem grandes investimentos. O responsável indicou que a formação das tropas seria para gerir o tipo de ameaça.

Na sua última presença no Mali ocupando o cargo, Ladsous disse que deixava uma mensagem de confiança. Para ele, a felicidade e o futuro do Mali dependem do envolvimento dos seus cidadãos na vanguarda do processo de estabilização.

O representante destacou áreas como governo, administração e segurança que precisam de uma “união de propósitos” em que a determinação pode ajudar a encontrar uma saída para a insegurança.

Resultados

Para ele, a implementação dos acordos de paz assinados entre o governo e grupos rebeldes em 2015 foi um “processo muito lento e que não produziu todos os resultados esperados” em tempo útil.

Ladsous ressaltou, entretanto, que nos últimos dois meses houve uma evolução positiva na sequência da reunião do Comité de Acompanhamento do Acordo realizada em fevereiro.

Para o chefe das Operações de Paz da ONU, já começam a ser implementadas decisões importantes como estabelecer administrações provisórias no norte, faltando somente as áreas de Timbuktu e Taoudeni.

Ele considerou que a medida é um avanço positivo juntamente com o início das patrulhas conjuntas na região, que envolvem antigos combatentes de grupos armados que assinaram o entendimento.