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Obama preside Conferência na ONU sobre terroristas estrangeiros BR

Samantha Power. Foto: ONU/Eskinder Debebe

Obama preside Conferência na ONU sobre terroristas estrangeiros

Declaração foi feita pela embaixadora dos Estados Unidos, Samantha Power; encontro no Conselho de Segurança será feito com chefes de Estado ou de governo.

Edgard Júnior, da Radio ONU em Nova York.

A embaixadora dos Estados Unidos junto à ONU, Samantha Power, anunciou esta quarta-feira que o presidente americano Barack Obama vai realizar uma conferência no Conselho de Segurança para discutir a ameaça dos terroristas estrangeiros.

O encontro, que vai reunir chefes de Estado e de governo na sede das Nações Unidas em Nova York, acontece no dia 25 de setembro, paralelo à 69ª Assembleia Geral que começa na próxima quarta-feira.

Atenção e Ação

Segundo a embaixadora americana, o objetivo da “Conferência do Conselho de Segurança é chamar atenção e ação internacionais para o perigoso crescimento do fenômeno dos terroristas estrangeiros”.

Power citou os eventos dos últimos meses, especialmente em relação à expansão do Estado Islâmico na Síria e no Iraque, para justificar a reunião.

Ela disse que as autoridades têm visto um aumento do número de terroristas viajando no mundo inteiro para lutar em conflitos internacionais.

Radicais

Segundo a embaixadora, “esses extremistas participam de atrocidades brutais nos países de destino e, geralmente, voltam para casa mais radicais pelas suas experiências”.

Samantha Power disse que o secretário-geral, Ban Ki-moon, também participará do encontro. Ela afirmou que buscará consenso entre os integrantes do Conselho de Segurança para a gravidade desta ameaça e pela necessidade de uma ação coletiva.

A embaixadora vai encorajar cooperação internacional para impedir a viagem dos extremistas e aprofundará a participação da ONU neste processo.

Os Estados Unidos ocupam a presidência rotativa do Conselho de Segurança neste mês de setembro.

Cessar-Fogo

Sobre o cessar-fogo entre israelenses e palestinos, Power afirmou que um acordo duradouro e a solução de dois Estados independentes só vão acontecer através de negociações diretas entre as duas partes.

A embaixadora repetiu que a posição dos Estados Unidos é bem conhecida. Segundo ela, não há como cortar caminhos ou adotar medidas unilaterais, na ONU ou em qualquer outro lugar, que possam levar ao resultado que o povo palestino mais espera.

Assentamentos

Power disse ainda que os Estados Unidos são contra as atividades de assentamento e pediram que o governo israelense revertesse a decisão.

Para a embaixadora americana, essas ações são contrárias ao objetivo de Israel de alcançar um acordo permanente com os palestinos.

Mas Power declarou que para garantir uma paz permanente na região, Israel tem de fazer parte das negociações.