Na ONU, Obama destaca terrorismo, conflito ucraniano e ébola
Líder norte-americano anuncia resolução a destacar responsabilidade dos Estados de combater o extremismo violento; Washington reafirma promessa de reforçar aliados da Nato devido ao conflito na Ucrânia.
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
Na Assembleia Geral das Nações Unidas, o presidente dos Estados Unidos pediu foco da comunidade internacional para degradar e destruir o Estado Islâmico do Iraque e do Levante.
Barack Obama disse que o Conselho de Segurança deve adotar esta quarta-feira uma resolução a destacar a responsabilidade dos Estados de combater o extremismo violento, que considerou um “cancro em partes do mundo islâmico.”
Territórios
No seu discurso, feito esta segunda-feira, em Nova Iorque, o líder norte-americano reafirmou o apoio para resgatar comunidades controladas pelo autoproclamado Estado Islâmico, EI, considerado grupo ‘terrorista’ pela ONU.
Obama abordou ações de destruição no Iraque e na Síria. Entre as atividades do grupo, destacou a violação de mulheres usada como arma de guerra, a morte de crianças e despejo de corpos em valas comuns.
Conflito
O líder norte-americano também considera importante que os muçulmanos rejeitem a ideologia da Al-Qaeda e do EI, e que o mundo aborde o ciclo de conflito especialmente o sectário, que “faz alastrar o terrorismo”.
Obama pediu ao mundo árabe e muçulmano que incida sobre o potencial das especialmente os jovens. Declarou planos de expandir programas de apoio ao empreendedorismo, a sociedade civil, educação e juventude ao chamar tal investimento “o melhor antídoto contra a violência.”
Iraque e Síria
Obama falou de esforços para assegurar um novo governo iraquiano inclusivo e a criação de uma ampla coligação de mais de 40 países - incluindo nações árabes contra ataques contra alvos do EI na Síria.
Ébola
Quanto ao surto de Ébola em África , o líder norte-americano pediu um esforço conjunto e compromissos significativos para lutar contra o problema.
Obama destacou medidas para combater o surto de ébola afirmou que é preciso um esforço mais alargado para deter a doença, pelo seu potencial de matar centenas de milhares de pessoas, infligir sofrimento "terrível", desestabilizar economias e mover-se rapidamente pelas fronteiras. Como sublinhou “é fácil ver o problema distante quando não o é”, por isso disse que o seu país vai continuar a mobilizar nações em prol de compromissos concretos.
Sobre as prioridades para a liderança norte-americana, Barack Obama expressou apoio a um cessar-fogo na Ucrânia.
Ele declarou que a América e os seus aliados vão apoiar o povo da Ucrânia no desenvolvimento da democracia e da economia. Prometeu o reforçar os aliados da Nato e apoiar o compromisso de autodefesa coletiva.
O presidente norte-americano reafirmou a necessidade de uma solução de dois Estados para o conflito israelo-palestiniano. Obama disse que o status quo na Cisjordânia e em Gaza não é sustentável.
Para ele, enquanto continuar no cargo deve defender o princípio de que os israelitas, os palestinianos, a região e o mundo será mais justo com ambos a viver lado a lado, em paz e segurança.