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Ocha alerta para piora da situação humanitária na Ucrânia BR

Diretor de operações do Ocha, John Ging. Foto: ONU

Ocha alerta para piora da situação humanitária na Ucrânia

Afirmação foi feita pelo diretor de operações da agência da ONU em pronunciamento no Conselho de Segurança; John Ging disse que o sofrimento humano e o número de deslocados vão aumentar até que a violência chegue ao fim.

Em pronunciamento esta terça-feira no Conselho de Segurança, John Ging disse que o sofrimento humano e o número de deslocados vão aumentar até que a violência acabe.O diretor de operações do Escritório das Nações Unidas de Assistência Humanitária, Ocha, alertou para a piora da situação na Ucrânia.

Proteção

Segundo ele, 3,9 milhões de pessoas vivem em áreas afetadas diretamente pelos conflitos. Nas cidades de Donetsk e Luhansk, que têm 1,5 milhão de habitantes, o fornecimento de água é de apenas algumas horas por dia.

Ging declarou que a proteção dos civis é uma preocupação chave. Com a intensificação dos conflitos, o número de mortes está aumentando.

Um relatório preparado pelo Alto Comissariado de Direitos Humanos e pela Organização Mundial da Saúde, OMS, mostrou que quase 1,4 mil pessoas morreram e mais de 4 mil ficaram feridas no leste da Ucrânia desde abril.

Fuga

O diretor de operações do Ocha disse ainda que mais de mil pessoas fogem das áreas de conflito diariamente. O número de deslocados internos registrados na Ucrânia chegou a 117,9 mil.

Ao mesmo tempo, Ging explicou que desde o início do conflito 168 mil fugiram para a Rússia. Esses são dados oficiais, mas as autoridades russas e do Escritório de Direitos Humanos da ONU calculam que 740 mil ucranianos entraram no território russo de janeiro até agora.

O representante do Ocha disse aos membros do Conselho de Segurança que as agências humanitárias das Nações Unidas e outras organizações estão trabalhando com autoridades locais.

O objetivo é suprir as necessidades de água, alimentos e de saúde dos civis ucranianos que estão vivendo nas áreas de conflito.

Ging pediu as partes envolvidas na crise que permitam a entrada dos comboios humanitários e o acesso seguro da população a esse material.

O diretor de operações do Ocha afirmou que é necessária uma ação imediata da comunidade internacional para evitar uma piora da crise.