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Banco Mundial aplica US$ 300 milhões para proteger recursos naturais

Foto: Banco Mundial/Curt Carnemark

Banco Mundial aplica US$ 300 milhões para proteger recursos naturais

Cabo Verde é um dos contemplados pela série de iniciativas; objetivo é travar atentados ao meio ambiente e crimes que possam perigar a existência dos elementos da natureza.

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.

O Banco Mundial anunciou que US$ 300 milhões estão envolvidos em iniciativas ligadas à silvicultura, pescas e aplicação da lei sobre a vida selvagem. Os valores financiam ações para deter atentados ao meio ambiente e crimes que coloquem em risco os recursos naturais.

Cabo Verde é um beneficiários de fundos para impulsionar patrulhas costeiras para o controlo da pesca ilegal, mas não foram revelados os montantes envolvidos. O grupo de nove nações da África Ocidental inclui Gana, Libéria e Serra Leoa.

Pescado

Com o pacote de apoio aos governos pretende-se aumentar a capacidade de deteção dos crimes ambientais. Como resultado da iniciativa, o Banco Mundial aponta que os pescadores do litoral capturam mais pescado e tiveram um aumento dos seus rendimentos.

Estima-se que em todo o mundo, US$ 213 mil milhões são movimentados pelos crimes ambientais que envolvem a caça ilegal, a extração de madeira e o tráfico da vida selvagem.

Produto Final

Quanto ao projeto com pescadores africanos, os benefícios incluem a criação de empregos em lojas de materiais da atividade e para camionistas que transportam o produto final para os mercados.

Como parte das ações de prevenção dos crimes ambientais, a instituição revelou que apoia abordagens como o desenvolvimento de tecnologia forense. Um dos exemplos da sua aplicação é o facto de ter sido possível determinar a origem do marfim através da análise de DNA.

Provas

O Togo foi um dos países onde ocorreu uma das três maiores apreensões de marfim. O Banco Mundial realça o facto de os projetos terem ajudado a Procuradoria a recolher provas para a apresentação de argumentos mais fortes contra um dos maiores traficantes de marfim da região.

De acordo com o órgão, os pobres são geralmente os mais afetados pelos crimes ambientais e de recursos naturais, que ameaçam os ecossistemas, a segurança alimentar e os meios de subsistência.

Na parceria para proteger os recursos naturais, o órgão diz trabalhar com entidades como o Consórcio Internacional sobre o Combate ao Crime da Vida Selvagem, Iccwc, e União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais, Iucn.