Perspectiva Global Reportagens Humanas

Funcionários das Nações Unidas começam a ser retirados da Líbia

Imagem: Unsmil

Funcionários das Nações Unidas começam a ser retirados da Líbia

Afirmação é da Missão de Apoio da ONU no país, Unsmil, que está a reduzir seu pessoal devido às condições de segurança no terreno; no domingo, conflito levou ao fechamento do aeroporto de Trípoli.

Leda Letra, da Rádio ONU em Nova Iorque.

A Missão de Apoio das Nações Unidas na Líbia, Unsmil, já está a reduzir seus funcionários no terreno desde a última semana. Um comunicado, divulgado esta segunda-feira, realça que o motivo são as condições de segurança no país.

Com isso, a Unsmil está preocupada com os impactos da violência no seu pessoal. A nota cita o último confronto, no domingo, que levou ao fecho do Aeroporto Internacional de Trípoli. A missão concluiu não ser possível continuar com seu trabalho de apoio técnico no local.

Medida Temporária

A decisão também foi tomada com vista a garantir a segurança dos funcionários e a sua liberdade de movimento. A Unsmil reforça que a medida é temporária e as pessoas vão voltar ao trabalho assim que a segurança for reestabelecida.

A missão destaca que a ONU ficou ao lado do povo líbio durante a revolução de 2011 e não irá abandoná-los enquanto procuram construir um Estado democrático. A organização espera voltar a Trípoli assim que possível.

Diálogo Político

Às forças políticas líbias e aos grupos armados, as Nações Unidas voltam a pedir que não façam uso da violência para conquistar seus objetivos políticos e reafirmam a necessidade de diálogo, para que haja consenso sobre a construção de instituições nacionais.

Segundo agências de notícias, pelo menos sete pessoas morreram devido aos confrontos em Trípoli. O país do norte de África está a passar por transição democrática desde a queda de Muammar Kadafi, há três anos.

Recentemente, o país voltou a testemunhar novas tensões políticas e de segurança, especialmente no leste.  O secretário-geral Ban Ki-moon também está extremamente preocupado com a situação no país.

Leia também:

ONU apreensiva com violência que matou pelo menos sete na Líbia