Líbia: negociações de paz são retomadas na busca por solução política
Encontro acontece desde quarta-feira no Escritório das Nações Unidas em Genebra; segundo a Unsmil, as discussões no primeiro dia foram “construtivas” e conduzidas em “atmosfera positiva”.
Laura Gelbert, da Rádio ONU em Nova Iorque.
A nova ronda de negociações com objetivo de aliviar a crise política e de segurança na Líbia continua em seu segundo dia nesta quinta-feira. As conversas são mediadas pela ONU.
Representantes nacionais e da Missão das Nações Unidas de Apoio à Líbia retomaram as reuniões em Genebra. Em comunicado à imprensa, a Unsmil afirmou que “as discussões durante a primeira sessão de quarta-feira foram construtivas e conduzidas em atmosfera positiva”.
Determinação
A nota menciona ainda que houve um “claro senso de determinação entre os participantes” para garantir que o encontro seja “bem sucedido”.
O acordo para realizar a ronda acontece após amplas e intensas consultas do chefe da Unsmil, Bernardino León, com os envolvidos nas últimas semanas. A primeira estagnou-se em outubro do ano passado. Ele propôs aos lados que interrompessem as operações militares por alguns dias para criar condições para as negociações.
Segundo a Unsmil, este novo diálogo é uma "oportunidade importante para que os líbios restaurem a estabilidade e impeçam que o país siga em direção a um conflito mais profundo e a um colapso económico".
A Missão da ONU destacou que o processo de diálogo político é liderado pela Líbia e que seu papel é ajudar a encontrar um consenso.
Violência
A retomada das negociações sucede uma recente explosão de violência no país, em conflito deste o início de sua guerra civil em 2011, que resultou no derrube do antigo líder, Muammar Kadafi.
Além do crescente número de vítimas, o confronto também causou uma crise humanitária com pelo menos 120 mil pessoas forçadas a deixar suas casas.
A Unsmil tem afirmado esperança de que as negociações levem a arranjos necessários para a interrupção completa de conflitos armados. Ao mesmo tempo, a Missão encoraja a retirada gradual de todos os grupos armados das principais cidades do país, incluindo a capital, Trípoli, para permitir que o governo reafirme sua autoridade sobre instituições e instalações estratégicas.
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