Nações Unidas condenam violência que matou pelo menos 40 na Líbia
Incidente é tido como o mais sangrento após o conflito marcado pela queda do governo de Muammar Kadafi; estima-se que centenas de pessoas tenham ficado feridas em protestos contra milícias em Trípoli.
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.*
O Escritório de Direitos Humanos da ONU condenou, esta terça-feira, a onda de violência que matou 40 pessoas na Líbia.
Em declarações a jornalistas, em Genebra, a porta-voz da entidade pediu que os responsáveis sejam levados à justiça.
Feridos
Ravina Shamdasani disse que os incidentes violentos, tidos como os mais sangrentos desde o fim do conflito de 2011, provocaram centenas de feridos na capital Trípoli. Os confrontos tiveram início na sexta-feira.
A representante condenou o uso da violência contra manifestantes pacíficos, tendo contado que foram baleados enquanto protestavam contra a presença de brigadas armadas de Misrata em Trípoli. A aparição seguiu-se a ataques, na semana passada, que aparentemente teriam resultado em confrontos armados.
Mais Mortes
Presume-se que quase todas as mortes tivessem ocorrido no mesmo dia, apesar de relatos de que mais vidas teriam sido perdidas no fim de semana.
A Missão de Apoio da ONU na Líbia, Unsmil, confirmou as quatro dezenas de mortos junto de uma equipa médica durante visitas a hospitais. As fontes teriam revelado que os números poderiam subir.
Abusos
Um apelo foi lançado às autoridades líbias para que iniciem uma investigação rápida, imparcial e independente sobre os incidentes violentos e garantam que os responsáveis pelos assassinatos e outros abusos de direitos humanos sejam levados à justiça.
De acordo com agências noticiosas, nesta segunda-feira as tropas líbias e milícias implantadas na capital foram obrigadas a deixar a cidade num esforço para aliviar as tensões.
*Apresentação: Denise Costa.