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Condenada morte de jornalista da França na República Centro-Africana

Condenada morte de jornalista da França na República Centro-Africana

Conselho de Segurança pede investigação do assassinato às autoridades de Bangui; agências de notícias informaram que o corpo de Camille Lepage foi encontrado por uma patrulha francesa no oeste do país.

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.

O Conselho de Segurança condenou com veemência o assassinato de uma jornalista francesa na República Centro-Africana. As autoridades da França confirmaram a morte de Camille Lepage, de 26 anos, na terça-feira.

Agências noticiosas informaram que o seu corpo foi encontrado quando uma patrulha francesa mandou parar um carro conduzido por um elemento da milícia anti-Balaka na área de Bouar, a oeste do país.

Patrulha Francesa

Em declaração unânime, os 15 estados-membros lembram que os jornalistas, os profissionais dos media e pessoal associado que trabalham em áreas de conflito armado são geralmente considerados civis.

A profissional teria sido retida devido a confrontos durante a viagem próximo da fronteira centro-africana com os Camarões. O seu último contacto foi com uma mensagem na rede social Twitter há uma semana.

Os membros do Conselho realçam que a medida sobre o grupo de profissionais, que está prevista no Direito Internacional Humanitário, implica que estes sejam respeitados e protegidos como civis.

Proteção

O apelo é que as partes em conflito cumpram as suas obrigações ao abrigo do conjunto de regras, incluindo as que se relacionam com a proteção de civis em conflitos armados.

Aos autores do crime, os Estados-membros sublinham que estes serão responsabilizados. O Governo de Transição da República Centro-Africana foi instado a investigar o incidente para levar os perpetradores do ato à justiça.

Granada

O assassinato ocorreu no dia em que duas pessoas ficaram feridas na capital centro-africana, Bangui, após o lançamento de uma granada num centro comercial lotado.

A Missão da ONU no país, Minusca, citou relatos de moradores da área conhecida como PK5 a referir que dois homens transportados por uma motorizada teriam sido os responsáveis pelo ato.

Em setembro, as Nações Unidas deverão implantar uma força de manutenção de paz de cerca de 12 mil homens, após ter sido aprovada em abril pelo Conselho de Segurança.