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Direitos humanos na Guiné-Bissau ainda são motivo de preocupação

Direitos humanos na Guiné-Bissau ainda são motivo de preocupação

Embora situação pré-eleições esteja mais calma, país continua a registar incidentes de violência e intimidação políticas, segundo as Nações Unidas; eleições legislativas e presidenciais estão marcadas para 13 de abril.

Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova Iorque.

Relatos de intimidação e de violência política continuam a ser registados em vésperas das eleições na Guiné-Bissau.

A declaração foi dada pela embaixadora da Nigéria, Joy Ogwu, que preside o Conselho de Segurança, neste mês de abril. Ela falou após uma reunião do órgão, nesta quinta-feira.

Regras Democráticas

As eleições legislativas e presidencias na Guiné-Bissau estão marcadas para 13 de abril.

Nesta entrevista à Rádio ONU, o embaixador do Brasil e presidente da Comissão de Consolidação da Paz das Nações Unidas, afirmou que as ameaças não fazem parte de um contexto democrático.

“Existe uma legítima preocupação com atos intimidatórios que são inaceitáveis dentro das regras democráticas. Caberá às autoridades da Guiné-Bissau coibir e punir tais comportamentos. E para tanto contarão com a assistência das Nações Unidas também por meio do Escritório da ONU em Guiné-Bissau (Uniogbis) assim como a Cedeao e a Ecomib. O Brasil, bilateralmente, cedeu às Nações Unidas um centro de treinamento (perto de Bissau) em João Landim que está sendo utilizado para treinar policiais que se encarregarão da segurança durante as eleições.”

O embaixador brasileiro disse ainda que organizações regionais como a Cedeao e a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, Cplp, enviarão observadores para as eleições.

Trata-se da primeira votação desde a realização de um golpe de Estado em 12 de abril de 2012 que derrubou o presidente interino e o primeiro-ministro guineenses.