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Policiais brasileiros ajudarão com a segurança das eleições na Guiné-Bissau BR

Policiais brasileiros ajudarão com a segurança das eleições na Guiné-Bissau

Contingente foi cedido às Nações Unidas para treinar policiais guineenses para a realização da votação de 13 de abril; relatos de intimidação e violência política preocupam comunidade internacional.

Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York.

Um contingente de policiais brasileiros está participando de um treinamento de segurança para as eleições legislativas e presidencias da Guiné-Bissau.

A votação, no país de língua portuguesa do oeste da África, está marcada para o próximo dia 13.

Conselho de Segurança 

Segundo a presidente rotativa do Conselho de Segurança, Joy Ogwu, relatos de intimidação e de violência política continuam a ser registrados às vésperas das eleições na Guiné-Bissau.

A declaração foi dada pela embaixadora da Nigéria após uma reunião do órgão, nesta quinta-feira.

Já o presidente da Comissão de Consolidação da Paz das Nações Unidas, Antonio Patriota, lembrou que a situação pré-eleitoral é de relativa calma, mas segundo ele, as ameaças são reais e não fazem parte de um contexto democrático.

Assistência

Ele também falou da participação do Brasil nas preparações para a votação.

“Existe uma legítima preocupação com atos intimidatórios que são inaceitáveis dentro das regras democráticas. Caberá às autoridades da Guiné-Bissau coibir e punir tais comportamentos. E para tanto contarão com a assistência das Nações Unidas também por meio do Escritório da ONU em Guiné-Bissau (Uniogbis) assim como a Cedeao e a Ecomib. O Brasil, bilateralmente, cedeu às Nações Unidas um centro de treinamento (perto de Bissau) em João Landim que está sendo utilizado para treinar policiais que se encarregarão da segurança durante as eleições.”

O embaixador brasileiro disse ainda que organizações regionais como a Cedeao e a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, Cplp, enviarão observadores para as eleições.

Será a primeira votação desde a realização de um golpe de Estado em 12 de abril de 2012 que tirou do poder o presidente interino e o primeiro-ministro guineenses.