Unesco destaca impacto da violência e assédio contra a mulher nos media
De acordo com relatório duas em cada três mulheres tiveram uma experiência de intimidação; trabalho será apresentado, esta terça-feira em Nova Iorque.
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
A Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura, Unesco, anunciou o lançamento do estudo global intitulado “Violência e Assédio Contra as Mulheres na Media : a Imagem Global”.
Como principais conclusões, a agência destaca o facto de quase dois terços das entrevistadas terem passado por uma experiência de “intimidação, ameaça e abuso” relacionado com o seu trabalho.
Formação
Por outro lado, metade das inquiridas concordou ter sofrido assédio sexual durante o exercício da sua profissão. Para as experiências, recolhidas a nível global, o destaque foi para a falta de formação e de recursos ao dispor para que se prepararem para a possibilidade de violência e assédio.
Nesta terça-feira, o primeiro trabalho abrangente sobre o tema será apresentado na sede da ONU, um dia após ter sido divulgado no Conselho de Direitos Humanos, em Genebra. O objetivo é aumentar a conscientização para o problema.
Informação
A pesquisa destaca a necessidade de aumentar a disponibilidade de informação sobre a segurança de jornalistas de sexo feminino num ambiente hostil.
As recomendações incluem ainda melhorar a formação e tópicos sobre o assédio sexual e agressão nos manuais de segurança. Para as organizações de media, o conselho é que melhorem as políticas sobre o assédio sexual.
Para produzir o material, a Unesco esteve envolvida na parceria com o Instituto Internacional de Segurança da Imprensa, a Fundação Internacional da Mulher na Media e o governo austríaco.