Africanos debatem estratégia para garantir segurança de jornalistas
Reunião deve elaborar uma estratégia comum para lidar com a questão para profissionais da escrita do continente africano; Unesco defende que nos últimos 10 anos, cerca de 350 jornalistas foram mortos em zonas de conflito.
Anelise Borges, da Rádio ONU em Paris.*
Uma Conferência Pan-Africana sobre a Segurança de Jornalistas e Combate à Impunidade encerra, neste sábado, na capital etíope Addis Abeba.
O evento deve ser marcado pela criação de uma estratégia comum para lidar com a questão da segurança dos jornalistas do continente africano. O papel dos governos e da União Africana na promoção da segurança dos jornalistas também deve ser abordado.
Plano
Durante a Conferência, os participantes devem elaborar um plano de ação que envolve a sociedade civil, legisladores, instrumentos de aplicação da lei e o setor judicial.
Entre 22 e 23 de Novembro, as Nações Unidas organizam a 2ª. Reunião Inter-Agências sobre a segurança dos jornalistas e a questão da impunidade, a decorrer no seu escritório em Viena, na Áustria.
Organização
Na organização do evento estão o Escritório do Alto Comissariado para os Direitos Humanos, o Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento.
A Unesco defende que nos últimos 10 anos, cerca de 350 jornalistas foram mortos em zonas de conflito. Grande parte não morreu na linha de frente, mas vítima de perseguição e de assassinato, muitas vezes em “represália direta ao seu trabalho.”
Os ataques contra os profissionais incluem intimidação, sequestros, prisão e assassinato e “a maioria dos abusos continua impune.”
*Apresentação: Eleutério Guevane.