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Seis em cada 10 pessoas traficadas são mulheres, diz agência da ONU BR

Seis em cada 10 pessoas traficadas são mulheres, diz agência da ONU

Dado é citado em lançamento de campanha sobre todos os tipos de tráfico, realizada nesta quarta-feira, em Berlim; Unesco, OMT e Unodc querem que viajantes denunciem o comércio ilegal de vidas selvagens, drogas, pirateados e tráfico humano; tema da iniciativa é “Suas Ações Contam. Seja um Viajante Responsável”.

Edgard Júnior, da Rádio ONU em Nova York.

Agências da ONU lançaram esta quarta-feira uma campanha global para combater vários tipos de tráfico. O evento ocorreu durante uma feira do setor de turismo em Berlim, na Alemanha.

Participam da iniciativa a Organização Mundial do Turismo, OMT, a Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura, Unesco, e o Escritório sobre Drogas e Crime, Unodc. Segundo o Unodc, as mulheres representam 60% das vítimas de tráfico humano, 27% são crianças, a maioria meninas.

Objetivo

O objetivo é que os viajantes apoiem a luta contra o comércio ilegal de vidas selvagens, artefatos culturais, drogas, produtos piratas e o tráfico humano.

A campanha, cujo tema é “Suas Ações Contam - Seja um Viajante Responsável”, quer chamar a atenção sobre os bens e serviços ilegais mais comuns que os turistas possam estar expostos quando viajam.

A iniciativa fornece um guia informando como identificar possíveis situações de tráfico e que ação deve ser tomada caso isso aconteça.

Vítimas

A agência sugere que se o turista perceber que alguma pessoas está sofrendo qualquer tipo de abuso, seja num bar, num hotel ou num restaurante, ele deve denunciar às autoridades locais.

O Unodc afirma que sua ação pode fazer a diferença na prevenção da exploração sexual ou de trabalho escravo.

A ONU alerta também para o comércio de partes de animais selvagens. Elefantes, rinocerontes e tigres correm o risco de extinção por causa de caçadores em busca dos chifres, da pele etc.

Calcula-se que as transações ilegais dos chamados artefatos culturais cheguem a US$ 60 bilhões anuais, mais de R$ 140 bilhões. Já os produtos piratas geram um lucro 10 vezes maior.

O Unodc alertou que o comércio global do tráfico beneficia diretamente o crime organizado que usa o dinheiro para financiar outras atividades ilegais.