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São necessários US$ 166 milhões para salvar vidas no Sudão do Sul

São necessários US$ 166 milhões para salvar vidas no Sudão do Sul

Dinheiro é necessário para cobrir operações humanitárias até março de 2014; agências de ajuda vão fornecer água potável, serviços de saúde e saneamento básico, abrigo e alimentos.

Edgard Júnior, da Rádio ONU em Nova Iorque.*

O Escritório das Nações Unidas de Assistência Humanitária, Ocha, afirmou que as agências precisam de US$ 166 milhões, para salvar vidas no Sudão do Sul.

O coordenador humanitário do Ocha no país, Toby Lanzer, disse que este é um momento extremamente difícil para a população do novo país e que é essencial que as agências de ajuda tenham acesso aos recursos de que necessitam.

90 mil Deslocados

Lanzer alertou para pelo menos 90 mil pessoas deslocadas devido à violência dos últimos 10 dias. Este total inclui 58 mil civis que procuraram abrigo nas bases da ONU em toda a região.

O dinheiro é necessário para cobrir as operações humanitárias até março de 2014 e vai ser utilizado em programas de emergência para dar resposta a 200 mil deslocados de várias partes do país, mas principalmente, dos Estados Unity e ao norte do Rio Nilo.

As autoridades vão também fornecer água potável, saneamento básico, abrigo, alimentos e serviços de saúde aos necessitados.

As agências de ajuda trabalharão para proteger os direitos das pessoas mais vulneráveis, incluindo os que conseguiram fugir à violência étnica no país.

Avaliação

O Ocha vai ainda usar o dinheiro para coordenar as operações nas áreas de abrigo para os deslocados e para transportar os trabalhadores auxiliares e mantimentos até às regiões de alto risco.

Lanzer disse que depois de visitar Bor e Bentiu esta semana, conseguiu avaliar melhor as necessidades dos sul-sudaneses. Ele afirmou que as prioridades do Ocha são: permanecer na região afetada pela violência, proteger a população civil e entregar ajuda humanitária.

Ele espera que os doadores do mundo inteiro atuem rapidamente para que as agências recebam os recursos necessários e possam ajudar os sul-sudaneses.

*Apresentação: Denise Costa