Acnur chocado com naufrágio que matou cerca de 130 migrantes na Itália
Embarcação transportava mais de 500 pessoas, a maioria da Eritreia; em comunicado, alto comissário António Guterres elogiou rápida ação da polícia costeira italiana.
Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York.
O Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados, Acnur, expressou choque com o acidente com um barco que transportava mais de 500 migrantes da África para a Itália.
Segundo o Acnur pelo menos 130 pessoas morreram quando a embarcação afundou perto da ilha de Lampedusa. A maioria dos migrantes era da Eritreia.
Meia Milha
Mais de 150 passageiros foram resgatados do mar pela guarda costeira italiana, mas centenas de migrantes continuam desaparecidos.
Segundo o prefeito de Lampedusa, o barco, que saiu da Líbia, pegou fogo a meia milha da costa.
O porta-voz do Acnur, Adrian Edwards, disse que a guarda costeira italiana afirmou que ainda há um grande número de pessoas desaparecidas. O porta-voz disse ainda que o naufrágio parece ser mais uma tragédia ocorrida no Mediterrâneo.
Edwards contou que a Eritreia é um dos três países com o maior número de pessoas que tentam entrar na Europa fazendo o mesmo caminho.
Segundo o Acnur, o outro país é a Síria, onde um grande número de pessoas tenta fugir da violência. Somente de janeiro a setembro deste ano, cerca de 32 mil pessoas chegaram à Itália e a Malta pelo mar.
O naufrágio desta quinta-feira é o segundo incidente nesta semana no litoral italiano.
Na segunda-feira, 13 homens morreram afogados no sul do país após saltarem de uma embarcação que estava afundando.
O alto comissário para refugiados, António Guterres, disse que está chocado com mais uma tragédia. Segundo ele, é desalentador observar o aumento do fenômeno global de migração. Ele lembrou que pessoas que fogem de conflitos e perseguições acabam morrendo no mar.
O Acnur elogiou a rápida resposta da polícia costeira italiana que conseguiu resgatar mais de 150 vítimas.