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Angola em ofensiva diplomática para Conselho de Segurança

Angola em ofensiva diplomática para Conselho de Segurança

O chefe da diplomacia do país destaca “ambiente de abertura” em contactos com vista para integrar o órgão; interesse angolano inclui o Conselho de Direitos Humanos.

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.*

O governo de Angola informou que está a ter uma “boa perceção” dos países, durante a série de contactos mantidos, em Nova Iorque, sobre a candidatura para integrar o Conselho de Segurança entre 2015 e 2016.

Falando à Rádio ONU, após um encontro bilateral na sede da organização, o ministro angolano das Relações Exteriores, Georges Chikoti, descreveu os progressos na ofensiva diplomática.

Conquista

“Os encontros indicam que há alguma perceção boa, feita pelos parceiros primeiro do interesse que o país manifesta em relação aos organizastes internacionais e particularmente ao Conselho de Segurança e o Conselho dos Direitos Humanos, em Genebra. Sabe-se que Angola está a conhecer um certo crescimento nos últimos anos fruto do resultado da conquista e consolidação da paz e algum crescimento e já estarmos alguns objetivos do milénio na saúde e educação”, disse.

O país já revelou haver “muito mais abertura” e reconhecimento da experiencia para partilhar com África e com a comunidade internacional como um dos 10 membros não permanente do órgão.

Estabilidade

“É um país que participa em vários processos para ajudar a consolidação da paz no continente africano, nomeadamente a República Democrática do Congo, que é um dos assuntos que nos preocupou. Mas também com os parceiros da Sadc (Comunidade dos países da África Austral). Participou na conquista da paz para a região de maneira geral, contribuímos para a paz e as eleições no Zimbábue, que agora indica que há maior estabilidade. Também participamos relativamente ao Madagáscar para que haja a paz naquele país, e também tínhamos uma agenda para a paz relativamente à Guiné-Bissau. Todos estes aspetos indicam que Angola tem uma experiência importante para partilhar com parceiros”, disse.

A campanha angolana, feita à margem da 68ª sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas visa, igualmente, o retorno de Angola ao Conselho de Direitos Humanos.

*Apresentação: Denise Costa.