Migrantes irregulares expulsos da Tanzânia vão receber ajuda da OIM
Ordem presidencial foi emitida para 35 mil civis do Burundi, do Ruanda e do Uganda; Organização Internacional para Migrações planeja fornecer ajuda humanitária de emergência, como transporte e registo.
Leda Letra, da Rádio ONU em Nova Iorque.*
A Organização Internacional para Migrações, OIM, está a avaliar como fornecer ajuda humanitária a milhares de migrantes irregulares que foram notificados pelo governo da Tanzânia a deixar o país.
A ordem presidencial foi emitida a 25 de julho a 35 mil migrantes do Burundi, do Ruanda e do Uganda. A medida previa a saída deles da Tanzânia até 11 de agosto.
Vulnerabilidade
Segundo a OIM, até o momento, a ordem foi cumprida por mais de 20 mil pessoas. Entre os migrantes que seguem no país, estão grávidas, menores desacompanhados e pessoas com deficiência. Há ainda indivíduos que desconhecem a sua comunidade de origem.
A OIM, em colaboração com parceiros humanitários, planeia tomar a liderança em fornecer a estes migrantes ajuda de emergência. O plano deve incluir transportes, registos, criação ou apoio a centros de transição já existentes perto de fronteiras.
Alimentação e Transporte
Nestes pontos, os migrantes podem conseguir comida e ajuda médica. A OIM está a finalizar um plano para fornecer assistência de transporte nos pontos de entrada dos países até o destino final dos migrantes.
De acordo com o governo do Ruanda, já foram construídos três centros de trânsito perto da fronteira com a Tanzânia, para acomodar os migrantes ruandeses que retornam a casa.
No Burundi, a OIM, agências da ONU e ONGs locais já realizaram uma avaliação conjunta das necessidades nas províncias de Rutana e Muyiga, os principais pontos de entrada para os que regressam da Tanzânia.
A análise mostrou que a maioria chega à fronteira sem água nem comida. Além disso, devido à época de chuvas, os civis correm o risco de contrair cólera, diarreia, malária e doenças respiratórias.
*Apresentação: Denise Costa.