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Cerca de 40 mil burundeses deixaram o país devido à violência pré-eleitoral

Eleições no Burundi. Foto: Menub

Cerca de 40 mil burundeses deixaram o país devido à violência pré-eleitoral

Acnur revelou que fluxo é em direção à República Democrática do Congo, ao Ruanda e à Tanzânia; agências de notícias informaram que novas manifestações resultaram em pelo menos quatro mortos.

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.

Quase 40 mil burundeses estão em busca de asilo nos países vizinhos, anunciou o Escritório das Nações Unidas para Assistência Humanitária, Ocha.

As informações foram recolhidas desde o início de abril pelo Alto Comissariado da ONU para Refugiados, Acnur. Os países de destino são a República Democrática do Congo, o Ruanda e a Tanzânia.

Refugiados

A agência da ONU e os parceiros estão a aumentar abrigos em áreas de receção e nos acampamentos de refugiados. Os outros setores apoiados são de latrinas e de água potável.

Nesta quinta-feira, agências de notícias disseram que pelo menos quatro pessoas morreram em novos protestos depois da confirmação da candidatura do presidente Pierre Nkurunziza a um terceiro mandato. O número junta-se às cinco mortes registadas logo após as manifestações de segunda-feira.

Os relatos mais recentes das agências indicam que uma pessoa foi queimada viva e outra baleada na cabeça nos ataques desta quinta-feira. A onda de violência é considerada a pior desde o fim da guerra civil burundesa em 2005.

Alimentos

As Nações Unidas dizem que decorrem ações de assistência aos refugiados por parte do Programa Mundial de Alimentação, PMA, e os seus parceiros, que fazem a distribuição de comida.

Por outro lado, o Fundo da ONU para Infância, Unicef, garante meios nutricionais. No Ruanda, crianças burundesas chegam debilitadas devido à insegurança alimentar e nutricional no Burundi.

Necessidades

Com parceiros como a Cruz Vermelha, a ONU anunciou estar em alerta para responder a eventuais necessidades humanitárias dentro do país.

A proteção dos civis continua a ser principal preocupação das entidades humanitárias que controlam a situação no terreno. De acordo com o Ocha, o mais alarmante é o uso de munição real pelas forças de segurança durante os protestos.

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