Unicef emite nota pedindo proteção de crianças após ataque químico na Síria
Fundo das Nações Unidas para a Infância disse que “atos horríveis devem servir de sinal a todas as partes de que o conflito já foi longe demais”; vice-chefe da ONU, Jan Eliasson, pediu investigação imediata.
Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York.
O Fundo das Nações Unidas para a Infância, Unicef, condenou o novo ataque químico na Síria e pediu mais proteção para as crianças que vivem no país.
Segundo agências de notícias, baseadas em informações da oposição síria, o ataque com gás foi realizado em áreas periféricas da capital Damasco, na quarta-feira.
Sinal
Imagens de vídeo, que não foram verificadas, mostram dezenas de corpos de homens, mulheres e crianças incluindo bebês.
Membros da oposição síria dizem que até mil pessoas podem ter morrido no ataque.
O Unicef afirmou que as mortes são um sinal para todas as partes de que o conflito na Síria já foi longe demais. O Fundo disse ainda que as crianças já sofreram mais do que o suficiente com a guerra.
Conselho de Segurança
O Unicef lembrou que as crianças têm de ser protegidas, e os que não dão proteção a elas terão que prestar contas.
O novo ataque com armas químicas na Síria foi discutido pelo Conselho de Segurança que pediu o fim imediato das hostilidades no país árabe.
Logo após a reunião de emergência, no início da noite de quarta-feira, em Nova York, o vice-secretário-geral da ONU, Jan Eliasson, disse que o ataque tem que ser investigado.
Equipe de Inspetores
A ONU tem, no momento, uma equipe de inspetores de armas em Damasco, apurando o uso de agentes químicos num outro ataque ocorrido no início do ano, na área de Khan al-Assal. O incidente foi atribuído às forças da oposição síria.
Os inspetores, liderados por Aka Sellström, estão em Damasco a convite do governo sírio, que culpa a oposição pelo uso de armas químicas no primeiro ataque.