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Condenado ataque que matou sete num complexo da Nato no Afeganistão

Condenado ataque que matou sete num complexo da Nato no Afeganistão

Em Cabul, vice-secretário-geral da ONU disse aos Talebã que violência não pode inspirar confiança da população; número de baixas civis aumentou 24% em relação ao primeiro semestre de 2012.

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.

As Nações Unidas condenaram o ataque suicida desta terça-feira, contra um complexo da Nato na capital afegã, Cabul.

O vice-secretário-geral, Jan Eliasson, disse esperar que medidas sejam tomadas pela liderança das forças Talebã “para entender que as mortes pela violência “não podem, de qualquer modo, inspirar a confiança da população.”

Base Logística

De acordo com agências noticiosas, pelo menos sete pessoas morreram durante a explosão ocorrida numa base de logística que abastece as forças do bloco. Das vítimas do ataque, cinco eram guardas.

Os relatos das agências referem que os quatro atacantes, que vinham num camião cheio de explosivos, perderam a vida durante o ato.

Sentido de Calma

No fim da deslocação de cinco dias ao Afeganistão, Eliasson mencionou “muito sofrimento e que, em cada lugar, há muitas viúvas e órfãos.” O representante considerou haver necessidade de incutir um sentido de calma.

A Missão da ONU no Afeganistão, Unama, refere que mais de 1 mil civis foram mortos e outros cerca de 2 mil ficaram feridos no país até princípios de junho. O número corresponde a um aumento de 24% de baixas, comparado ao mesmo período do ano passado.

Presidenciais

Durante a visita, Eliasson observou que a Força Internacional de Assistência  para Segurança, Isaf, deve-se retirar do Afeganistão no fim do próximo ano após as presidenciais agendadas para 5 de abril de 2014.

Além de reunir com o presidente Hamid Karzai e outros governantes, o representante da ONU manteve encontros com representantes do Parlamento, e a sociedade civil.

Os contactos também incluíram membros do grupo nomeado por Karzai para negociar com os Talebã, além de membros da Comissão Eleitoral Independente com quem discutiu o pleito.