Unama condena ataque suicida contra a mídia em Cabul BR

Pelo menos oito pessoas morreram e 24 ficaram feridas, a maioria profissionais do setor da mídia; Talebã reivindicou autoria da ação no Afeganistão; missão da ONU lembra que jornalismo independente é essencial para a democracia.
Leda Letra, da Rádio ONU em Nova York.
A Missão das Nações Unidas de Assistência ao Afeganistão, Unama, condenou nesta quinta-feira um ataque suicida ocorrido em Cabul. Na ação, reivindicada pelo Talebã, oito pessoas morreram e 24 ficaram feridas.
A maioria das vítimas era formada por profissionais da mídia, além de mulheres e crianças. A explosão foi contra um ônibus que transportava funcionários da organização de mídia Tolo. Eles estavam voltando para casa.
Intimidações
Em outubro, o Talebã havia divulgado uma ameaça contra a Tolo e outras agências de notícias do Afeganistão, classificando as entidades como alvo militar.
O chefe interino da Missão da ONU no país declarou que “um jornalismo forte, independente, livre de intimidações e de violência criminal é essencial para uma sociedade democrática e decente”.
Proteção
Tadamichi Yamamoto destacou que “o Afeganistão deve ter orgulho do seu setor de mídia” e segundo ele, devem ser tomadas todas as medidas necessárias para proteger os profissionais e garantir a liberdade de expressão”.
A Unama lembra que jornalistas e civis nunca devem ser alvo de ataques ou de ameaças. A Missão da ONU faz um apelo a todos os lados em conflito no Afeganistão, incluindo o Talebã, para não realizarem ações contra a imprensa.
Segundo a Unami, a lei humanitária internacional, aplicada a todos em conflito no país, proíbe ataques contra civis em qualquer hora ou lugar.
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