Para ONU, Afeganistão deve liderar processo nacional de reconciliação
Vice-Secretário-Geral condenou nesta terça-feira ataque suicida em base logística da Otan, onde sete pessoas morreram; Jan Eliasson defende negociações diretas entre governo e grupo Talebã.
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova York.*
Após um ataque suicida contra uma base logística da Organização do Tratado do Atlântico Norte, Otan, em Cabul, no Afeganistão, as Nações Unidas estão ressaltando que este tipo de ação é um “claro sinal da volatilidade da segurança no país”.
Segundo agências de notícias, pelo menos sete pessoas morreram durante a explosão, nesta terça-feira. Cinco faziam a guarda do local. O vice-secretário-geral da ONU está no Afeganistão e falou sobre o ataque.
Senso de Calma
Jan Eliasson disse esperar que a liderança do Talebã tome medidas para entender que, em qualquer caso, “a violência não pode atrair confiança na população.”
O vice-chefe da ONU defendeu a necessidade de se alcançar um “senso de calma no Afeganistão, sem ter o medo caracterizando a vida normal.”
Negociações
Ao concluir sua visita de cinco dias ao país, Eliasson falou que o processo de reconciliação nacional deve ser liderado pelo Afeganistão, com negociações entre os dois lados, governo e Talebã.
Ele disse que enquanto esses contatos continuarem, não há necessidade de a ONU se envolver, a não ser que a ajuda seja requisitada no processo.
Durante a visita, Eliasson observou que a Força Internacional de Assistência para Segurança, Isaf, deve sair do Afeganistão no fim do próximo ano, após as eleições presidenciais agendadas para abril de 2014.
O vice-secretário-geral também reuniu-se com o presidente afegão, Hamid Karzai, representantes do Parlamento e da sociedade civil.
*Apresentação: Leda Letra.