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Alta comissária volta a pedir que Síria seja levada a Tribunal Penal BR

Alta comissária volta a pedir que Síria seja levada a Tribunal Penal

Navi Pillay emitiu comunicado, nesta sexta-feira, dizendo que massacres recentes de tropas do governo e milícias deveriam ser suficientes para uma ação da comunidade internacional.

Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York.

A alta comissária de direitos humanos da ONU voltou a dizer que a situação da violência na Síria tem que ser levada ao Tribunal Penal Internacional, TPI.

Em comunicado, emitido nesta sexta-feira, Navi Pillay disse que os relatos de novos massacres por tropas do governo na Síria, especialmente em áreas habitadas por simpatizantes da oposição, deveriam ser suficientes para uma ação decisiva sobre o fim do conflito.

Fronteira

Mais de 70 mil pessoas já morreram no país desde o início dos combates em março de 2011, quando manifestantes saíram às ruas para protestar contra o regime do presidente Bashar al-Assad.

Navi Pillay disse que os responsáveis pelas violações de direitos humanos na Síria têm que responder pelos crimes.

Ela afirmou que está preocupada com o aumento da força militar ao redor da cidade de Qusayr, perto da fronteira com o Líbano.

A alta comissária contou que está revoltada com a morte de mulheres, crianças e homens no vilarejo de al-Bayda e perto da área de Baniya. O que segundo ela, é uma indicação de que os locais estão sendo atacados por apoiarem a oposição síria.

“Consequências Claras”

Imagens de pilhas de corpos ensanguentados e queimados incluindo o de crianças e bebês estão sendo expostas na mídia e nas redes sociais, no que alega-se ser resultado dos ataques de milícias e de tropas do governo nas áreas na semana passada.

Pillay afirmou que, caso as imagens sejam verdadeiras, elas provam uma “absoluta falta de respeito à vida dos civis.”

A alta comissária finalizou, dizendo que “haverá consequências claras para os responsáveis pelos crimes na Síria” sejam eles integrantes da oposição ou do governo.