ONU diz que número de mortos pelo conflito na Síria subiu para 93 mil
Alta comissária de direitos humanos diz que média de assassinatos, desde julho, é de cinco mil pessoas por mês; maioria é composta de homens, mas combates já mataram pelo menos 8,2 mil crianças.
Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York.
Um novo estudo das Nações Unidas sobre o conflito na Síria indica que o número de mortos aumentou para cerca de 93 mil.
Mas para a alta comissária de direitos humanos da ONU, Navi Pillay, o número real de mortos pode ser ainda maior.
Crianças
O estudo, divulgado nesta quinta-feira, revela que desde julho passado, os combates entre tropas do governo e rebeldes têm matado uma média de 5 mil pessoas por mês.
Segundo as Nações Unidas, mais de oito em cada 10 mortos são homens, e pelo menos 8,2 mil crianças já teriam perdido a vida nos combates.
Navi Pillay disse que há provas claras sobre casos de tortura e execuções de crianças, além de massacres de bebês.
Áreas Urbanas
Para a alta comissária, os índices extremamente altos de assassinatos, mês após mês, demonstram o padrão de detetioração do conflito no último ano. Pillay lembrou que forças do governo estão bombardeando áreas urbanas, todos os dias, além de usar mísseis e bombas de fragmentação.
Ainda pelo levantamento, as forças de oposição também estão atacando áreas residenciais. O centro da capital Damasco é outro alvo de combates.
Navi Pillay encerrou a nota dizendo que ninguém sai ganhando com o que ela chamou de uma carnificina. As áreas com o número mais alto de vítimas são a parte rural de Damasco com cerca de 18 mil mortos, seguida por Homs, Alepo e Idilib.
Segundo a alta comissária, é hora de acabar com a violência, e os países que têm influência sobre a Síria devem agir para salvar vidas. Ela ressaltou que, infelizmente, nada poderá ser feito mais pelos 93 mil indivíduos mortos no conflito.