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Ban: Sérgio sempre estava onde estava a crise, da África ao Timor-Leste BR

Ban: Sérgio sempre estava onde estava a crise, da África ao Timor-Leste

Secretário-Geral proferiu aula magna na entrega do Prêmio Sérgio Vieira de Mello, em Genebra; distinção é organizada pela Fundação, com o nome do brasileiro, que promove diálogo e entendimento.

Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York.

O Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, participou nesta sexta-feira da entrega do Prêmio Sérgio Vieira de Mello 2013.

Em cerimônia, organizada pela Fundação Sérgio Vieira de Mello, Ban disse que jamais conheceu o brasileiro pessoalmente, mas que se sente inspirado, todos os dias, pelo trabalho do ex-funcionário da ONU.  E afirmou que Sérgio sempre estava onde estava a crise da África ao Kosovo, e ao Timor-Leste.

Crises

Vieira de Mello morreu ao lado de outros 21 colegas durante o atentado terrorista à sede da ONU, em Bagdá, no Iraque, em agosto de 2003.

Entre as qualidades do brasileiro, Ban destacou o fato de ele ser idealista e pragmático ao mesmo tempo. Segundo ele, Sérgio não somente falava sobre as coisas, mas também fazia o que tinha que ser feito.

De acordo com o Secretário-Geral, alguns dos melhores e mais brilhantes funcionários da organização seguiram Sérgio porque acreditavam nele e em seus ideais.

Transição Democrática

Ao mencionar algumas das atuais crises enfrentadas pelo mundo, Ban disse que a Síria está sendo alvo de crimes contra a humanidade.

Segundo ele, o Conselho de Segurança não deve mais assistir como um “espectador silencioso” à matança que está ocorrendo no país árabe. O Secretário-Geral afirmou que o mínimo que pode ser feito pelo órgão é a fixação de parâmetros para a transição democrática, que aparenta ser a melhor esperança de salvar a Síria.

Bispo Emérito

Ban mencionou ainda outras crises como a do Mali, a da República Democrática do Congo e o conflito israelense-palestino.

O discurso antecedeu a entrega do Prêmio Sérgio Vieira de Mello 2013 ao bispo emérito do Sudão do Sul, Paride Taban.

O clérigo foi agraciado por promover harmonia e entendimento entre diferentes etnias e religiões numa aldeia do país africano.