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Ban: mais de 100 milhões no mundo precisam de assistência humanitária BR

Campanha #ShareHumanity. Imagem: Ocha

Ban: mais de 100 milhões no mundo precisam de assistência humanitária

Dia Mundial da Ação Humanitária é celebrado nesta quarta-feira, 19 de agosto; para o jogador Kaká, embaixador do Programa Mundial de Alimentos, trabalho humanitário é “fundamental”; brasileiro está participando da campanha digital #ShareHumanity.

Laura Gelbert, da Rádio ONU em Nova York.

Neste ano mais de 100 milhões de mulheres, homens e crianças precisam de assistência humanitária vital. O número de pessoas afetadas por conflito chegou a níveis não vistos desde a Segunda Guerra Mundial. A quantidade de pessoas afetadas por desastres naturais e induzidos pelo homem permanece grande.

As informações estão na mensagem do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, sobre o Dia Mundial da Ação Humanitária, celebrado nesta quarta-feira, 19 de agosto.

Kaká

Para o secretário-geral, este é um dia de homenager a “dedicação altruísta e o sacrifício de trabalhadores e voluntários em todo o mundo que se dedicam, muitas vezes correndo riscos, para ajudar as pessoas mais vulneráveis”.

Em relação à data, as Nações Unidas lançaram a campanha #ShareHumanity, ou "Compartilhe Humanidade", nas redes sociais. A ideia é que no mundo todo, as pessoas postem conteúdo relacionado à assistência humanitária.

O jogador brasileiro Kaká participa da iniciativa. Em entrevista à Rádio ONU, ele falou sobre seu envolvimento com a campanha.

“Eu estou participando desde o começo desta campanha, cedi o meu perfil na internet, no Twitter, para que a campanha fosse divulgada. Então, durante toda essa semana eu postei conteúdo sobre essa campanha na minha timeline no Twitter e espero realmente que as pessoas possam ter uma consciência humanitária cada vez maior para que a gente possa sempre estar ajudando.”

Mensagem

Em sua conta no Twitter, Kaká, que é embaixador do Programa Mundial de Alimentos, PMA, está postando sobre assistência em comunidades remotas do Nepal e a entrega de comida feita pela agência.

Para o jogador, essa ajuda humanitária é “fundamental”. Ele é embaixador do PMA há mais de 10 anos e se disse “feliz em poder participar de um projeto tão sério e de uma causa tão especial para todos”.

Na entrevista, ele deixou ainda uma mensagem sobre a data mundial.

“A minha mensagem é que todos nós nesse dia 19, que a gente possa se conscientizar cada vez mais da ajuda humanitária, de quão fundamental é para cada um de nós. Milhares de pessoas precisam realmente de nós. Claro, cada um dentro da sua possibilidade, daquilo que pode fazer, então, eu gostaria que nesse dia 19 fosse um dia específico para que a gente pensasse, mas que durante todo o ano a gente possa estar ajudando aqueles que precisam.”

Dedicação

A Rádio ONU também conversou, por telefone, com a psicóloga brasileira Ionara Rabelo. Ela trabalhou em missões da instituição Médicos Sem Fronteiras, em diversos locais, incluindo a Síria e a Libéria, durante a reposta ao surto de ebola.

“Estas fronteiras que nos dividem enquanto cultura ou enquanto país, elas precisam ser quebradas e a gente precisa acalentar, cuidar e amparar para que a sociedade como um todo tenha o mesmo acesso à saúde, educação, qualidade de vida e um mundo sem guerra.”

Humanidade Comum

Para as Nações Unidas, neste dia 19 de agosto celebra-se a “humanidade comum” a todos. O secretário-geral lembrou de famílias e comunidades que lutam para sobreviver às emergências com “resiliência e dignidade”.

Segundo Ban, estas pessoas “precisam e merecem” o compromisso renovado de todos de que será feito o que for possível para fornecer a elas meios para uma vida melhor. Ele afirmou que cada um pode fazer a diferença.

Sérgio Vieira de Mello

O Dia Mundial da Ação Humanitária é celebrado todos os anos no dia 19 de agosto, em homenagem às vítimas do atentado à sede da ONU em Bagdá.

No ataque, em 2003, morreram 22 funcionários da organização, incluindo o brasileiro Sergio Vieira de Mello, que era representante do secretário-geral no Iraque e chefe do escritório da ONU no país.

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