Economia global pode crescer 2,4% no próximo ano, diz ONU
Relatório pede, entretanto, atenção a uma possível associação do escalar da crise na zona euro, o “abismo fiscal” nos Estados Unidos e uma redução do crescimento de economias emergentes.
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
A desaceleração económica global pode agravar no próximo ano se não houver ações concretas, indica um relatório das Nações Unidas.
Lançado esta terça-feira, em Nova Iorque, o documento intitulado “Situação Económica Mundial e Perspetivas 2013” prevê um crescimento global de 2,4% no próximo ano a ser seguido por 3,2%, em 2014.
Riscos
O diretor da Divisão de Políticas de Desenvolvimento e Análise do Departamento da ONU de Assuntos Económicos e Sociais, falou de um relativo avanço do crescimento nos próximos anos se forem confrontados riscos.
Robert Vos abordou um possível escalar da crise na zona euro, o chamado “abismo fiscal” nos Estados Unidos além de uma redução do crescimento chinês e de várias economias emergentes que pode levar a uma recessão global.
Recuperação
De acordo com o Capítulo 1 do estudo, o desempenho previsto é considerado insuficiente devido à necessidade de recuperação de vários países desenvolvidos e da crise de desemprego.
O documento destaca o crescimento da atenção dos Brics, grupo que inclui Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, no investimento em África mas aponta que as escolhas devem ser examinadas.
Potencial
Apesar de ter sido realçado o potencial do grupo para o crescimento, o documento alerta para atenção a problemas domésticos constrangimentos de estrutura, competitividade e produtividade principalmente para países dea América Latina.
O relatório indica que a crise realçou a importância de se diversificar o mercado para os Brics.
Crises
Quanto a África, prevê-se um crescimento de 6%, numa altura em que o continente é marcado por nações recentemente abaladas por crises políticas no norte e as que tentam recuperar-se de conflitos.
Foi, entretanto, referido a agricultura está em recuperação, depois da seca na África Oriental e a necessidade da aposta em setores que podem impulsionar a recuperação da região como o turismo.
Prevê-se que o continente seja confrontado por problemas da volatilidade dos mercados de commodities antes de engrenar para o crescimento, mas há sinais de esperança.