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Portugal quer África, Brasil e Índia no Conselho de Segurança

Portugal quer África, Brasil e Índia no Conselho de Segurança

Chefe da delegação na Assembleia Geral defende composição que reflita a atual realidade geopolítica; três meses antes do fim o mandato no Conselho de Segurança, país fala de cumprimento com “rigor e transparência”.

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.

Portugal defende uma reforma no Conselho de Segurança que resulte em postos de membros permanentes para países do continente africano, além do Brasil e da Índia.

Discursando nos debates da 67ª. Assembleia Geral, o embaixador do país junto da ONU, José Filipe Moraes Cabral, fez lembrar o facto de o continente ser o único não representado permanentemente no órgão.

“Para nós, como para muitos, é cada vez mais difícil constatar que o papel crescente mais crescente na cena internacional do Brasil e da Índia não tenha ainda sendo reconhecido com lugares permanentes no Conselho de Segurança, ou que a África continue a ser o único continente sem um lugar permanente no Conselho”, frisou.

Apesar do mandato de Portugal no Conselho cessar em Dezembro, o diplomata falou de “rigor e transparência” em vários temas, incluindo a defesa dos Direitos Humanos, da mulher e na resolução de conflitos.

“Tivemos e continuamos a ter um papel ativo para ultrapassar as crises com que nos defrontamos como aconteceu com a Costa do Marfim, a Líbia e o Iémen ou ainda acontece relativamente à Síria, à Guiné-Bissau ou ao Mali”, referiu.

O chefe da delegação portuguesa disse que a credibilidade do Conselho de Segurança é afetada pela necessidade de uma composição que reflita a atual realidade geopolítica diferente da altura da fundação da ONU, em 1945.